Crise do café do Brasil: estoques e preços recordes em diminuição

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O Brasil, o maior produtor de café do mundo, enfrenta um momento crítico, pois os estoques de café despencam e os preços subiram para níveis sem precedentes.

De acordo com a NASDAQ, os inventários de café do Brasil devem cair para apenas 1,2 milhão de sacolas de 60 quilômetros em meados de 2025, marcando um declínio de 26% ano a ano. Essa escassez levou os preços do café da Arábica para mais de US $ 4,30 por libra, o nível mais alto em décadas.

A crise decorre de uma combinação de fatores, incluindo clima adverso, aumento da demanda global e interrupções na cadeia de suprimentos. A colheita de café 2025/26 do Brasil deve cair 4,4% em relação ao ano anterior para 51,8 milhões de sacolas, de acordo com a Conab.

A produção de arábica cairá ainda mais – 12,4%, a 34,7 milhões de sacolas – devido à seca e altas temperaturas durante a fase de floração. Por outro lado, a produção de Robusta está prevista para aumentar 17,2%, para 17,1 milhões de sacos, impulsionados por fortes rendimentos em Espírito Santo.

Os efeitos dessa crise se estendem muito além do Brasil. O consumo global de café continua a crescer, com mercados emergentes como a China se unindo aos pesos pesados ​​tradicionais, como os Estados Unidos.

Crise do café do Brasil: os estoques e os preços dos recordes diminuem os mercados globais. (Reprodução da Internet fotográfica)

No entanto, o duplo papel do Brasil como grande produtor e consumidor exacerba a tensão nas cadeias de suprimentos. Internamente, os preços do café no varejo aumentaram 37,4% em 2024, enquanto as exportações internacionais atingiram um recorde de 50,5 milhões de sacolas-um aumento de quase 29% em relação ao ano anterior.

Crise do café do Brasil

A mudança climática desempenhou um papel significativo nessa crise. O Brasil enfrenta seu clima mais seco desde 1981, com chuvas consistentemente abaixo da média desde abril de 2024. Isso danificou as árvores de café durante estágios críticos de crescimento, reduzindo o rendimento e ameaçando a capacidade de produção de longo prazo.

O impacto global é agravado por questões semelhantes no Vietnã, outro produtor importante, onde a seca reduziu a produção da Robusta em 20%. As implicações econômicas são vastas. O café emprega 3,5 milhões de brasileiros e gerou R $ 48 bilhões (US $ 8 bilhões) em receita de exportação em 2024.

No entanto, os custos crescentes para insumos como fertilizantes e mão -de -obra estão com margens de aperto para os agricultores que já estão lidando com uma produtividade reduzida. Sem alívio imediato à vista, os analistas prevêem preços altos sustentados até pelo menos meados de 2026, quando melhores colheitas podem estabilizar o mercado.

Por enquanto, as lutas do Brasil ressaltam a vulnerabilidade das cadeias de suprimentos de café globais à variabilidade climática e às pressões econômicas. Esta é uma realidade amarga para produtores e consumidores.