A Colômbia lidera o esforço de tri-nação para legitimar a folha de coca na ONU

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Colômbia, México e Bolívia se uniram em um esforço diplomático ousado para remover a folha da coca da lista das Nações Unidas de substâncias proibidas.

Essa iniciativa trilateral visa desbloquear um potencial econômico significativo, honrando as tradições indígenas que datam de milhares de anos. A Organização Mundial da Saúde iniciou uma revisão crítica do status da Coca Leaf, que deve concluir até o final de 2024.

Esta revisão poderia potencialmente liderar a Comissão da ONU sobre Narcóticos para recomendar reduzir a classificação da Coca ou até completar a descriminalização quando votar em março de 2025.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, descreveu a proibição atual como um “grave erro histórico” que precisa de correção. Seu governo garantiu com sucesso uma isenção em 2013 para a mastigação tradicional de folhas de coca depois de se retirar temporariamente da convenção única da ONU de 1961 sobre drogas narcóticas.

O ministro da Justiça Colombiano Ángela María Buitrago confirmou que a aliança de três nações coordenará os esforços para desafiar a proibição de décadas. A Colômbia interrompeu recentemente a erradicação forçada de culturas de coca sob o presidente Gustavo Petro, concentrando -se em crises de drogas e desenvolvimento alternativo.

A Colômbia lidera o esforço de tri-nação para legitimar a folha de coca na ONU. (Reprodução da Internet fotográfica)

Potencial econômico da industrialização legal da coca

As apostas econômicas permanecem substanciais. A industrialização legal da coca pode gerar renda estável para os agricultores, criando produtos legítimos em vários setores. Os estudos revelam que as aplicações da Coca se estendem à nutrição, medicina, cosméticos, bebidas e insumos agrícolas.

Várias empresas colombianas já produzem chás, alimentos, géis tópicos, óleos essenciais e fertilizantes. Essas empresas operam em uma área cinza regulatória, mas demonstram a viabilidade comercial da Coca além dos mercados ilícitos.

A iniciativa enfrenta uma oposição significativa. Apenas 15 países se opuseram quando a Bolívia garantiu sua isenção para uso tradicional, mas a mudança do status legal internacional da Coca exige apoio mais amplo.

Os críticos apontam para a crescente produção de cocaína, que atingiu um recorde de 2.664 toneladas na Colômbia no ano passado, representando um aumento de 53%. O cultivo de coca expandiu 10% para 253.000 hectares durante o mesmo período.

Os proponentes enfatizam que os mercados legais de coca criariam cadeias de suprimentos alternativas legítimas e melhorariam as relações entre produtores de coca e governos. Eles argumentam que a Industrialização da Coca oferece um caminho para o desenvolvimento sustentável em regiões historicamente dominadas pela economia ilícita.