O ministro das Finanças Brasileiras, Fernando Haddad, chegou a Paris nesta semana para aprofundar os laços bilaterais, à medida que as fraturas geopolíticas remodelam as alianças.
Sua visita, confirmada por fontes do governo brasileiro, coincide com o aumento do desconforto europeu sobre o isolacionismo dos EUA sob o presidente Donald Trump, que se retirou do acordo climático de Paris Days em seu segundo mandato.
A França, buscando parceiros confiáveis, alinha -se com o duplo papel do Brasil como líder climático e economia emergente. Haddad iniciou reuniões com o ex -primeiro -ministro francês Laurent Fabius, arquiteto do Acordo de Paris de 2015, sinalizando prioridades climáticas compartilhadas.
As negociações precedem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a visita de junho à França, onde ele se juntará a Macron na Conferência Oceanal da ONU. Ambas as nações pretendem reforçar a cúpula do COP30 de novembro em Belém, marcando o 10º aniversário do Paris Accord.
O Brasil garantiu o apoio de Macron para o evento durante uma ligação de fevereiro, enquadrando a Cop30 como um marco para a governança climática global. A resiliência econômica ancora o diálogo. Haddad conheceu o ministro da Economia Francesa Éric Lombard e os executivos para lançar o Brasil como um destino para investimentos verdes.
As discussões abordaram obstáculos no acordo comercial do Mergosur-UE paralisado, que enfrenta a resistência francesa sobre as preocupações com o desmatamento da Amazônia. “O acordo da Mercosur surgirá naturalmente”, observou uma autoridade brasileira, reconhecendo tensões, mas enfatizando o status da França como o quinto maior investidor estrangeiro do Brasil.
A Parceria Brasil-France se concentra na governança climática
A palestra das ciências do ministro sobre a governança climática destacou a estratégia do Brasil para equilibrar o crescimento e a sustentabilidade. Sua aparição seguiu reuniões com os acadêmicos Philippe Descola e Pierre Charbonnier, pensadores sobre transições ecológicas.
Mais tarde, Haddad encabeçou uma conferência intitulada *Dez anos após Paris: Governando a Era do Clima *, enfatizando o declínio do multilateralismo e a necessidade de novas parcerias. A visita de Macron em 2024 Brasil estabeleceu as bases para essas negociações, enfatizando a cooperação em defesa e a proteção da Amazon.
A França financia o monitoramento de satélite do desmatamento, enquanto projetos conjuntos como submarinos nucleares destacam a sinergia tecnológica. O comércio bilateral atingiu US $ 7,8 bilhões em 2023, com empresas francesas como a Totalenergies e a Vinci expandindo pegadas em energia e infraestrutura brasileira.
Nos bastidores, as autoridades reconhecem os desafios. A rejeição de Trump de fóruns multilaterais tensionou a unidade ocidental, empurrando a Europa para as potências médias como o Brasil. O retorno de Lula ao poder reviveu a diplomacia climática após o mandato de Bolsonaro, mas os investidores ainda buscam regulamentos mais claros.
A missão de Haddad tranquiliza as empresas francesas enquanto cutucava a Europa para finalizar o Pacto Mercosur, parou desde 2019 sobre cláusulas ambientais.
O peso simbólico da visita está no tempo. Enquanto Trump interrompe as antigas alianças, o Brasil e a França exemplificam uma reordenação pragmática – amando a urgência climática ao pragmatismo econômico.
Seus testes de parceria se a autonomia estratégica pode compensar a imprevisibilidade dos EUA, oferecendo um modelo para outros que navegam em uma ordem mundial fraturada. Com o cop30 iminente, sua colaboração pode definir a trajetória climática desta década.