O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, declarou firmemente que “as bases militares estrangeiras são inaceitáveis” em solo panamáiano, reacendendo debates sobre soberania e influência estrangeira no canal do Panamá.
Suas observações seguem a assinatura de um memorando de segurança entre o Panamá e os Estados Unidos, o que nos permite operar a partir de três instalações controladas pelo Panamânia para missões conjuntas de treinamento e segurança.
No entanto, Mulino enfatizou que o acordo exclui explicitamente as bases permanentes dos EUA ou as concessões territoriais. O acordo de Panama EUA ocorre em meio a tensões geopolíticas aumentadas, com Washington buscando combater a crescente influência da China na América Latina.
O Canal do Panamá, que facilita 5% do comércio global e lida com 40% do tráfego de contêineres dos EUA, continua sendo um ativo estratégico. Desde que retornou ao cargo, o presidente Donald Trump pressionou por um controle mais forte dos EUA sobre o canal, citando preocupações sobre os investimentos chineses em infraestrutura próxima.
O memorando permite implantações rotacionais das forças dos EUA, mas mantém a autoridade administrativa sob a jurisdição do Panamá. Apesar dessas garantias, os panamenhos permanecem cautelosos com qualquer erosão percebida da soberania.
Os críticos apontaram inconsistências em declarações conjuntas, com a versão em inglês omitindo reconhecimento explícito da soberania do Panamá sobre o canal – uma omissão gritante observada pelas autoridades panamásticas.
O canal gera US $ 270 bilhões anualmente no comércio e está sob controle do Panamá desde 1999. Mulino enfatizou sua neutralidade e prometeu que “permanecerá no Panamanian”.
Enquanto isso, as autoridades americanas pediram uma passagem livre para navios de guerra americanos. Alguns argumentam que essa demanda desafia o tratado de neutralidade que governa o canal.
Este acordo destaca o delicado ato de equilíbrio do Panamá: manter a soberania enquanto navega na pressão dos poderes globais que disputam influência sobre uma das rotas comerciais mais críticas do mundo.