Uma pesquisa recente da Datafolha revela que 58% dos brasileiros acreditam que o crime aumentou em suas cidades no ano passado. A pesquisa, realizada no início de abril de 2025 em 172 municípios brasileiros, mostra apenas 15% dos entrevistados notaram uma diminuição da atividade criminosa.
Os centros urbanos sentem o impacto mais severamente. Os residentes de capitais e regiões metropolitanas relatam taxas de criminalidade mais altas (66%) em comparação com as cidades do interior (51%).
As mulheres percebem a situação como mais perigosa que os homens, com 62% das entrevistadas observando aumento da criminalidade contra 52% dos homens.
O roubo de telefone celular surge como uma preocupação específica. Um em cada dez brasileiros foi vítima de telefonar no ano passado.
O problema atinge proporções alarmantes nas principais cidades como São Paulo, onde as autoridades registraram mais de 29.000 casos em apenas dois meses – média de um roubo a cada três minutos.
A disparidade de riqueza influencia a percepção do crime. Os brasileiros de maior renda que ganham acima de dez salários mínimos relatam aumentar a criminalidade a taxas mais altas (64%) do que a média nacional.
A violência contra as mulheres continua sendo uma questão persistente, apesar de algumas melhorias estatísticas. O Brasil registrou quase 84.000 vítimas de estupro em 2023, traduzindo para um estupro a cada seis minutos. Os ataques de violência doméstica aumentaram 9,8% no mesmo ano.
O governo respondeu com soluções tecnológicas. O aplicativo “Celular Seguro” agora permite que os cidadãos relatem rapidamente e bloqueie os telefones roubados, com quase 14 milhões de dispositivos já bloqueados por esse sistema.
Existem alguns pontos brilhantes. A região sul mantém taxas de roubo mais baixas do que a média nacional, e cidades como Florianópolis, Curitiba e Vitória melhoraram a segurança por meio de investimentos em tecnologia e estratégias de policiamento comunitário.