De acordo com anúncios recentes do governo e fontes do setor, a Colômbia está fazendo do desenvolvimento de drones um pilar central de sua estratégia de modernização militar.
O país está investindo pesadamente em veículos aéreos não tripulados (UAVs) para fortalecer seu setor de defesa e abordar ameaças persistentes à segurança. O Ministério da Defesa da Colômbia formalizou a aquisição da Six Atlante II Drone Systems, desenvolvida em parceria com a Airbus da Espanha.
O acordo, no valor de US $ 300 milhões, entregará 16 aeronaves e seis centros de comando para a Colômbia até 2030. Engenheiros e técnicos colombianos da CIAC, a Corporação Nacional da Indústria Aeronáutica, são os principais componentes, incluindo equipamentos de desembarque, em instalações em Bogotá.
Isso marca um passo significativo na construção de conhecimentos domésticos e na redução da dependência de fornecedores estrangeiros. O programa Sirtap, como é conhecido localmente, visa fornecer às forças armadas da Colômbia com recursos avançados de vigilância e combate.
Cada drone mede 7,3 metros de comprimento, possui uma envergadura de 11 metros e um peso máximo de decolagem de 750 quilos. Esses sistemas apoiarão as operações de inteligência, reconhecimento e segurança de fronteira, que permanecem críticas à medida que a Colômbia enfrenta violência de grupos armados como os dissidentes do ELN e FARC.
A Colômbia avança a inovação de defesa com estratégia orientada pela IA
A política mais ampla de “força de inovação” do governo procura integrar inteligência artificial e big data nas operações militares. As autoridades dizem que essas tecnologias melhorarão a coleta de inteligência e a implantação de recursos, especialmente em regiões propensas a conflitos, como Catatumbo e Cauca.
A política também incentiva a colaboração entre governo, academia e indústria para promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade tecnológica. O mercado de drones militar da Colômbia está se expandindo, mas enfrenta desafios.
Restrições regulatórias, integração do espaço aéreo e preocupações com a privacidade complicam as operações de drones. Garantir a segurança cibernética e a confiabilidade também é uma prioridade, pois grupos criminosos usam cada vez mais a tecnologia em suas operações.
Apesar desses obstáculos, o investimento da Colômbia em drones e tecnologias relacionadas sinaliza uma mudança para soluções de alta tecnologia para a segurança nacional.
O envolvimento do país em parcerias internacionais, particularmente com a Airbus, destaca sua ambição de se tornar líder regional em inovação de defesa. À medida que o cenário de segurança evolui, a Colômbia está apostando que a fabricação de drones e a tecnologia avançada em casa dará a seus militares uma vantagem decisiva.