O setor de mineração do Brasil, de acordo com o Brasilian Mining Institute (IBRAM), verá US $ 68,4 bilhões em investimentos entre 2025 e 2029.
Este número é 6,6% maior que o período anterior de cinco anos. Os investidores continuam a se concentrar no minério de ferro, que receberá US $ 19,6 bilhões, ou 28,7% do total. Esse dinheiro financiará 24 projetos em todo o Brasil, com Minas Gerais e Pará liderando a produção e o investimento.
A indústria de mineração continua sendo um pilar da balança comercial do Brasil. No primeiro semestre de 2024, as exportações de mineração atingiram 186 milhões de toneladas, no valor de US $ 21,5 bilhões. Essas exportações representaram 41% do superávit comercial do país.
O desempenho do setor ajudou a limitar o déficit comercial nacional, mesmo quando os preços do minério de ferro flutuaram entre US $ 90 e US $ 145 por tonelada em 2024. Para 2025, os analistas esperam preços médios em torno de US $ 92 por tonelada, com volumes de produção que provavelmente aumentarão.
A Vale, a maior empresa de mineração do Brasil, espera produzir de 325 a 335 milhões de toneladas de minério de ferro em 2025, acima de 328 milhões de toneladas em 2024. A CSN Mineração, a segunda maior exportadora, investirá R $ 13,2 bilhões (US $ 2,32 bilhões) para aumentar sua capacidade anual para 43,5 milhões de tons de 20288 bilhões.
Essas empresas dependem da logística integrada, incluindo ferrovias e terminais de exportação, para se mover com eficiência de minério para os mercados globais. A China continua sendo o comprador dominante, levando 67% das exportações de minério de ferro do Brasil em 2024.
Essa demanda persiste, apesar da redução da produção de aço na China. O minério de alta qualidade do Brasil, com maior teor de ferro, oferece uma vantagem de custo para as fábricas de siderúrgicas chinesas.
Reposições do setor de mineração do Brasil para relevância global
Os Estados Unidos continuam sendo um mercado menor, mas estável. As tarifas de face de aço e ferro semi-acabadas brasileiras, mas mantêm a participação de mercado devido à sua qualidade e confiabilidade do fornecimento.
O foco do setor agora muda para minerais críticos como lítio, níquel, cobre e terras raras. As reservas do Brasil posicionam o país como um futuro fornecedor de veículos elétricos e indústrias de energia renovável.
Investidores e empresas de mineração vêem novas oportunidades em regiões como o Vale do Lithium, onde os projetos pretendem rivalizar com a produção da Austrália. As fusões e aquisições aumentaram em 2024, com 30 ofertas-um aumento de 42,85% em relação aos ativos de direcionamento do ano anterior, ricos em minerais críticos.
Apesar dessas perspectivas, o setor enfrenta desafios. Gargo de infraestrutura e obstáculos regulatórios podem adiar os projetos e aumentar os custos. A fragmentação do mercado global e as disputas comerciais também criam incerteza.
No entanto, os custos estáveis regulatórios e os custos de produção competitivos do Brasil atraem investidores locais e estrangeiros que buscam diversificar as cadeias de suprimentos da China. O setor de mineração do Brasil fica em uma encruzilhada.
Os vastos recursos do país e o aumento do investimento em minério de ferro e minerais críticos oferecem um caminho para uma maior influência econômica. A história real é um setor que se adapta às mudanças globais, alavancando seus pontos fortes e buscando novos mercados, gerenciando riscos e concorrência persistentes.