A leitura de inflação em meados de maio do Brasil, de 0,36%, marcou a terceira desaceleração mensal consecutiva, caindo abaixo das expectativas do mercado de 0,44% e alimentando especulações de que o banco central pode interromper seu ciclo agressivo de aumento de taxas.
O índice IPCA-15, um medidor de inflação essencial, mostrou inflação anualizada em 5,40%-ainda acima do limite de 4,5% do governo do governo, mas abaixo de 5,49% em abril.
Os preços frescos dos alimentos caíram 1,2% mensalmente devido a cadeias de suprimentos aprimoradas, enquanto os bens industriais aumentaram 0,5% em meio a promoções de varejo. Os serviços a inflação diminuíram marginalmente, mas permaneceram elevados em 6,6% em relação ao ano anterior, impulsionados por setores trabalhosos com uso intensivo de mão-de-obra, como saúde e educação.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) aumentou a taxa de referência Seis vezes desde setembro de 2024, atingindo 14,75% em maio – o mais alto desde 2006.
Os economistas permanecem divididos sobre se a reunião de junho trará uma pausa ou um aumento final de 0,25 pontos para 15%. Analistas da ASA Investimentos e G5 Partners argumentam que a desaceleração da inflação justifica as taxas de estabilização, com derivativos de mercado precificando uma chance de 76% de nenhuma mudança.
Críticos como Claudia Moreno, do C6 Bank, alertam as pressões persistentes do setor de serviço e uma fraca taxa de câmbio (BRL 5.86/USD) exigem um aperto adicional. Os desafios domésticos complicam as perspectivas.
Ato de equilíbrio do Brasil
O crescimento do PIB é projetado em 2% em 2025, abaixo dos 3% no ano passado, pois os altos custos de empréstimos custam os consumidores de tensão. Os riscos da política fiscal permanecem, com dívida pública em 80% do PIB e novas medidas de estímulo sob debate.
O preço global do preço das commodities diminui o alívio de curto prazo, mas um mercado de trabalho e volatilidade de moeda apertados ameaçam reacender a inflação.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou que as métricas principais, incluindo serviços e bens industriais, permanecem incompatíveis com a meta de 3%.
Os dados de maio fornecem um alívio, mas sem resolução. Para as empresas, o impasse significa restrições de crédito prolongadas e investimentos cautelosos.
Os economistas da SUNO Research observam que as decisões futuras dependem dos dados de atividades de junho e dos números de desemprego, o que poderia sinalizar se a economia do Brasil está esfriando rápido o suficiente para justificar os cortes de taxas até o final de 2025.
Até então, o piso de 14,75% do Selic-uma alta de 19 anos-testará o equilíbrio dos formuladores de políticas entre os preços de restrição e evitando a recessão.