O promotor-geral do Brasil, Paulo Gonet, em 3 de junho de 2025, solicitou à Interpol que prenda o deputado federal Carla Zambelli, membro do Partido Liberal, que fugiu para a Europa para fugir de uma sentença de 10 anos de prisão.
A Suprema Corte condenou Zambelli em maio de 2025 por orquestrar um ataque cibernético de 2023 no Conselho Nacional de Justiça, com o objetivo de emitir ordens judiciais falsas.
Zambelli colaborou com o hacker Walter Delgatti para inserir documentos fraudulentos, incluindo um mandado de prisão falsa direcionada ao juiz Alexandre de Moraes.
O tribunal impôs uma multa de 2 milhões de reais por danos públicos. Zambelli, segurando a cidadania italiana, atravessou a Argentina pela terra e chegou à Europa, possivelmente na Itália, onde a extradição enfrenta desafios.
Gonet busca a inclusão de Zambelli na lista de avisos vermelhos da Interpol, instando a apreensão de ativos e o cancelamento do passaporte.
Fundo
A partida de Zambelli segue uma tendência crescente entre as figuras conservadoras do Brasil que reivindicam perseguição judicial.
Ela citou sua cidadania européia como um motivo para se sentir seguro no exterior e anunciou planos de solicitar uma licença de suas funções parlamentares.
A defesa de Zambelli contestou a justiça de seu julgamento virtual e argumentou que as evidências contra ela eram insuficientes.
Ela enfrenta um processo criminal separado por brandir uma arma de fogo e perseguir um jornalista em 2022, para o qual o tribunal já votou em uma sentença de cinco anos, embora os procedimentos finais permaneçam pendentes.
Sua saída reflete movimentos recentes de outros conservadores proeminentes. Eduardo Bolsonaro, filho do ex -presidente Jair Bolsonaro, mudou -se para os Estados Unidos no início de 2025, afirmando que procuraria asilo político.
Ele alegou que as ações judiciais direcionadas a ele e sua família representam perseguição política. O caso de Eduardo seguiu as ligações dos legisladores para apreender seu passaporte, embora nenhuma acusação formal tenha sido apresentada contra ele.
Ele usou seu tempo no exterior para reunir apoio internacional ao movimento de direita do Brasil e criticou o papel do judiciário em processar números ligados aos protestos de 2023 Brasília e supostos lotes de golpe.
Carla Zambelli se junta ao êxodo conservador, enquanto o Brasil enfrenta a revolta política
Êxodo conservador do Brasil
Esse padrão se estende além dos políticos. Jornalistas e influenciadores como Allan Dos Santos, Ludmila Lins Grilo e Monark também deixaram o Brasil, citando ameaças legais e bloquearam contas de mídia social.
Muitos desses exilados argumentam que apenas exerceram liberdade de expressão, mas enfrentam penalidades graves em casa.
Os críticos da Suprema Corte do Brasil afirmam que suas ações se assemelham às dos regimes autoritários, enquanto os apoiadores argumentam que essas medidas são necessárias para proteger as instituições democráticas contra informações erradas e inquietação.
O êxodo de vozes conservadoras levanta questões sobre a estabilidade política do Brasil e a resiliência de sua estrutura democrática.
Com cerca de 30% do eleitorado se identificando com a direita, a partida de figuras de alto perfil como Zambelli e Eduardo Bolsonaro sinaliza uma divisão aprofundada.