A Suzano, a maior produtora de celulose do mundo, terá uma participação controladora de 51% em uma nova joint venture de US $ 3,4 bilhões com a Kimberly-Clark, a empresa americana por trás da Kleenex.
Este acordo, confirmado por ambas as empresas em 5 de junho de 2025, marca uma grande mudança no setor global de artigos e tecidos. A Suzano pagará US $ 1,734 bilhão em dinheiro por sua ação, com a transação prevista para quase meados de 2026, pendente de aprovação regulatória.
A joint venture combinará 22 fábricas em 14 países, empregará cerca de 9.000 pessoas e atenderá mais de 70 países. Os ativos envolvidos geraram US $ 3,3 bilhões em vendas líquidas em 2024.
A Suzano ganhará o controle de mais de 40 marcas regionais e garantirá licenças de longo prazo para nomes importantes como Kleenex e Scott. A nova empresa será baseada na Holanda.
A Kimberly-Clark manterá seus negócios de tecido nos Estados Unidos e terá interesses em joint ventures no México, na Coréia do Sul e no Bahrein.
A empresa americana manterá uma participação de 49% na nova empresa e concordou que a Suzano pode comprar as ações restantes após três anos, sob condições específicas.
Este acordo permite que a Suzano vá além das vendas de celulose a granel e entre os produtos de consumo de marca. Ele também oferece à empresa uma plataforma global no mercado de tecidos, construindo em sua aquisição de 2023 dos negócios de tecidos brasileiros da Kimberly-Clark.
Realinhamento estratégico no mercado de tecidos
A Suzano está atualmente construindo uma nova fábrica de tecidos no Brasil, que aumentará sua capacidade anual em 60.000 toneladas. Para Kimberly-Clark, a transação se encaixa em uma estratégia clara: concentre-se em produtos de cuidados pessoais com margem mais alta e operações norte-americanas.
Ao vender uma participação majoritária em seus negócios internacionais de tecidos, a empresa reduzirá sua exposição a custos voláteis de matérias -primas e liberará capital para recompras e investimentos em ações em áreas mais lucrativas.
Kimberly-Clark espera uma queda de curto prazo nos ganhos por ação, mas antecipa as margens aprimoradas e menos volatilidade dos ganhos ao longo do tempo. A joint venture enfrenta desafios, incluindo a integração de operações em muitas regiões e o gerenciamento de diferenças culturais.
No entanto, ambas as empresas esperam que a parceria impulsione a eficiência operacional e a inovação. O acordo reflete uma tendência mais ampla de empresas que buscam escala e eficiência em um mercado competitivo e sensível ao custo.