Novo censo revela a fé evangélica domina os bairros mais pobres do Brasil

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O mais recente censo do Brasil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o cristianismo evangélico se estabeleceu como a religião dominante nas periferias urbanas do país.

Os dados de 2022 mostram que 26,9% dos brasileiros agora se identificam como cristãos evangélicos, ante 21,6% em 2010. Isso representa um aumento de 12 milhões de adeptos, atingindo um recorde de 47,4 milhões de pessoas.

Ao mesmo tempo, a população católica caiu de 65,1% para 56,7%, continuando uma tendência que persistiu há décadas. O censo também destaca a composição demográfica dos evangélicos.

Os brasileiros pretos e de raça mista compõem a maioria da população evangélica, com 12% se identificando como preto e 49,1% como raça mista.

Esses grupos estão super -representados entre os evangélicos em comparação com sua participação na população geral.

Novo censo revela a fé evangélica domina os bairros mais pobres do Brasil

Os dados confirmam que as igrejas evangélicas cresceram mais rapidamente nos bairros urbanos mais pobres, onde os laços sociais são fracos e os Serviços Públicos Limitados.

Os pesquisadores atribuem esse aumento ao papel que as igrejas evangélicas desempenham na periferia.

Novo censo revela a fé evangélica domina os bairros mais pobres do Brasil

Essas igrejas oferecem não apenas orientação religiosa, mas também redes sociais, oportunidades de emprego e apoio prático.

Nas áreas onde a presença do estado é mínima, as igrejas preenchem a lacuna, proporcionando um senso de comunidade e pertencimento.

Os dados do IBGE mostram que a maioria das novas igrejas evangélicas é pequena, independente e geralmente localizada em ambientes informais, como garagens ou casas convertidas.

A disseminação do evangelicalismo tem implicações econômicas e políticas significativas. Os líderes evangélicos exercem influência crescente, moldando as economias locais através de empresas baseadas na igreja e mobilizando seus seguidores nas eleições.

O poder político dos evangélicos tornou -se especialmente visível, com seu apoio se mostrando crucial nas recentes campanhas nacionais.

O Partido dos Trabalhadores, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, continua lutando para conquistar esse grupo, pois apenas 30% dos evangélicos expressam a aprovação de seu governo, em comparação com 45% dos católicos.

O bloco evangélico elege o aliado de Bolsonaro, fortalecendo o controle conservador da política brasileira

O censo também observa um aumento no número de brasileiros sem afiliação religiosa, agora em 9,3%, e um ligeiro aumento nos seguidores das religiões afro-brasileiras.

Apesar dessas mudanças, o catolicismo continua sendo a maior fé, mas seu domínio continua a corroer, especialmente nas periferias da Amazônia e Urban.

Essa transformação reflete mudanças mais profundas na sociedade brasileira. A onda evangélica nas margens sinaliza uma mudança na maneira como milhões de brasileiros encontram comunidade, apoio e identidade.

Para empresas e formuladores de políticas, entender essa tendência é essencial, pois molda o comportamento do consumidor, os mercados de trabalho e os resultados eleitorais.

A nova paisagem religiosa não é apenas sobre fé; É sobre quem tem influência na realidade urbana em rápida mudança do Brasil.