Dados oficiais do Ministério da Educação do Brasil e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam uma imagem mista para o sistema educacional do país em 2024.
Enquanto o país alcançou a matrícula quase universal para crianças de 6 a 14 anos, com 99,5% na escola, a história muda para estudantes e adultos mais velhos.
Apenas 56% dos brasileiros com 25 anos ou mais terminaram o ensino médio e apenas 20,5% possuem um diploma universitário. Esses números destacam um sistema em que o acesso melhorou, mas os resultados de conclusão e aprendizado permanecem fracos.
O adulto médio do país tem 10,1 anos de escolaridade, acima dos 9,1 anos em 2016. No entanto, isso ainda trilhas desenvolveu economias, onde a média é superior a 13 anos.
O analfabetismo persiste, afetando 5,3% dos brasileiros com 15 anos ou mais, ou cerca de 9,1 milhões de pessoas. As disparidades regionais e raciais são fortes: a taxa de analfabetismo do Nordeste é de 11,7%, em comparação com menos de 3% no sul e sudeste.
Os brasileiros negros e marrons enfrentam taxas mais altas de analfabetismo e, em média, completam 1,7 anos a menos da escola do que os colegas brancos.
As lacunas educacionais do Brasil ameaçam o crescimento a longo prazo
Os benchmarks internacionais mostram que o Brasil fica atrasado. Na avaliação do PISA de 2022, as jovens brasileiras de 15 anos ficaram em 64º lugar em matemática, 53ª em leitura e 61º em ciências em 81 países.
Menos da metade atingiu a proficiência básica em matemática e ciências, colocando o Brasil quatro anos atrás da média da OCDE. Outros países da América Latina, incluindo Chile e México, superaram o Brasil nesses testes.
O investimento continua sendo uma questão central. O Brasil gasta US $ 3.668 por estudante primário a cada ano, muito abaixo da média da OCDE de US $ 11.914. Os gastos por estudante secundário são de US $ 4.058, em comparação com US $ 12.713 na OCDE.
Embora as universidades públicas sejam livres de mensalidades e altamente competitivas, as instituições privadas representam a maioria das matrículas e dependem de bolsas de estudo para apoiar estudantes de baixa renda.
A educação em tempo integral se expandiu, integrando mais de 1,4 milhão de estudantes em dois anos. No entanto, os programas de educação de jovens e adultos perderam 200.000 matrículas em 2024, atingindo baixas históricas.
Quase metade dos adultos com mais de 25 anos não terminou o ensino médio, e a necessidade de trabalhar continua sendo uma das principais causas para abandonar. Essas realidades são importantes para o futuro econômico do Brasil.
O ensino superior se correlaciona com uma renda mais alta, e a capacidade do país de competir globalmente depende de melhores resultados educacionais. Sem mais investimento e reformas direcionadas, o Brasil corre o risco de deixar milhões para trás e minando suas perspectivas de crescimento.