O banco central do Brasil revelou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) saltou 0,89% em janeiro de 2025 em comparação com o mês anterior.
Esse desempenho robusto superou as expectativas do mercado, que projetaram um aumento mais modesto de 0,25%. O número de janeiro marca uma forte recuperação da contração revisada de dezembro de 0,6%.
Os analistas econômicos veem esse aumento como o crescimento mensal mais significativo em sete meses. As comparações ano a ano mostram desempenho ainda mais forte, com o índice escalando 3,58% versus janeiro de 2024.
O crescimento acumulado nos últimos doze meses atingiu 3,82%. A surpresa de janeiro ocorre em meio a sinais econômicos mistos. O PIB do Brasil cresceu apenas 0,2% no quarto trimestre de 2024, ficando aquém da expansão antecipada de 0,5%.
No entanto, os economistas atribuem a força de janeiro principalmente a uma colheita agrícola recorde, particularmente na produção de soja. Esse momento econômico enfrenta ventos de cabeça do aperto monetário em andamento do Banco Central.
Atualmente, as taxas de juros são de 13,25% após vários aumentos consecutivos desde setembro de 2024. As previsões do mercado sugerem que as taxas podem atingir 15% até o final do ano, com outro aumento de 1% esperado na reunião de março.
O banco continua a combater a inflação teimosa, que persiste acima dos níveis -alvo, apesar das políticas restritivas. A resiliência econômica e um mercado de trabalho forte complicam esses esforços. Os funcionários do banco central permanecem cautelosos ao declarar uma clara tendência de resfriamento na atividade econômica.
A maioria dos economistas antecipou que esse forte começo desaparecerá à medida que 2025 progride. Os altos custos de empréstimos devem começar a impactar a disponibilidade de crédito e os gastos do consumidor no segundo trimestre. O Ministério das Finanças reduziu recentemente sua projeção de crescimento de 2025 de 2,5% para 2,3%.
Os dados de janeiro sugerem que a economia do Brasil mantém vitalidade inesperada, apesar do aperto das condições monetárias. Essa resiliência econômica cria oportunidades e desafios para os formuladores de políticas que equilibram preocupações de crescimento contra os riscos da inflação ao longo de 2025.