A economia da Colômbia expandiu -se 2,7% no primeiro trimestre de 2025, superando as expectativas dos analistas de 2,5%, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas (DANE).
Esse crescimento marca uma melhoria constante em relação aos trimestres anteriores e posiciona a Colômbia entre as economias de crescimento mais rápido da OCDE. O consumo privado continua sendo o principal motor que impulsiona a recuperação econômica da Colômbia, atingindo um recorde de 76,7% do PIB.
Os gastos domésticos aumentaram 3,8%, enquanto os gastos do governo aumentaram 4,3%. Esse boom de consumo se beneficia do declínio das taxas de juros, melhorando os salários reais e fortalecendo as condições de emprego.
O setor agrícola emergiu como um artista de destaque com crescimento de 7,1%, tornando-o o segundo maior contribuinte para a expansão econômica. A produção de café aumentou 31,3%, enquanto a pesca e a aquicultura aumentaram 18,2%. Artes e entretenimento lideraram todos os setores com um impressionante crescimento de 15,5%.
As instituições financeiras Projeto A economia da Colômbia aumentarão em aproximadamente 2,5% no ano inteiro de 2025. O Banco Mundial oferece uma perspectiva mais otimista de crescimento de 3%, potencialmente tornando a Colômbia a terceira economia que mais cresce na América Latina.
Apesar dos indicadores de crescimento positivo, a Colômbia enfrenta desafios fiscais significativos. O governo ativou recentemente uma “cláusula de fuga” para suspender sua regra fiscal, elevando a meta de déficit de 2025 para 7,1% do PIB em relação aos 5,1% anteriores.
Essa deterioração fiscal decorre de gastos públicos rígidos e crescimento insuficiente da receita. O investimento continua sendo o ponto fraco da economia. Embora o investimento em máquinas e equipamentos mostre sinais de recuperação, moradia e gastos com infraestrutura continuam a diminuir.
O investimento fixo cresceu apenas 1,8% no primeiro trimestre, destacando os desafios estruturais no modelo de crescimento da Colômbia. A inflação do Banco Central atingirá 4,4% até o final do ano, acima de sua meta de 3%.
Isso representa uma revisão ascendente de previsões anteriores, refletindo pressões persistentes de preços em serviços regulamentados e alimentos processados. O banco reduziu cautelosamente as taxas de juros para 9,25% em maio de 2025.
A taxa de câmbio da Colômbia enfrenta pressão contínua devido à deterioração fiscal e receita de petróleo em declínio. As projeções sugerem que o peso pode atingir 4.350 por dólar até o final de 2025.
A perspectiva econômica apresenta oportunidades e desafios. A forte demanda doméstica apóia o crescimento, mas as limitações estruturais em produtividade, infraestrutura e espaço fiscal restringem o potencial de longo prazo. A Colômbia deve abordar essas questões fundamentais para sustentar o momento econômico além de 2025.