A indústria do Brasil atinge o freio em abril: a fraqueza de São Paulo

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A Agência de Estatística Oficial do Brasil, IBGE, informou que a produção industrial nacional subiu apenas 0,1% em abril de 2025 em comparação com março. Isso marca uma desaceleração acentuada em relação ao crescimento de 1,2% no mês anterior.

O aumento modesto ficou aquém das expectativas do mercado e quebrou uma sequência de dez meses de ganhos ano a ano. Anualmente, a produção contratada em 0,3%, destacando uma perda de impulso em todo o setor.

São Paulo, a potência industrial do país, desempenhou um papel decisivo nesse desempenho fraco. As fábricas do estado viam que a produção diminuiu 1,7% em abril, revertendo um ganho de 2% em março.

Esse declínio foi a maior influência negativa no resultado nacional. Farmacêuticos e produtos químicos sofreram a queda mais íngreme, caindo 8,5%.

Os produtos e biocombustíveis petrolíferos também caíram 3,8%. Esses setores enfrentaram custos crescentes e demanda mais fraca, que pesaram no desempenho geral do estado.

A indústria do Brasil acerta o freio em abril: a fraqueza de São Paulo sinais de desaceleração mais ampla. (Reprodução da Internet fotográfica)

Dos 25 setores industriais pesquisados, apenas 13 registraram maior produção. As indústrias extrativas levaram ganhos com um aumento de 1%, enquanto as bebidas cresceram 3,6%.

No entanto, esses avanços não foram suficientes para compensar as perdas nos principais setores. O segmento de bens semi e não durável caiu 5,4% em comparação com abril de 2024.

Apesar de um ganho cumulativo modesto de 1,4% no ano, a produção industrial do Brasil permanece cerca de 15% abaixo do pico em relação a maio de 2011. O setor está apenas um pouco acima dos níveis pré-pandêmicos.

Altas taxas de juros, inflação persistente e uma moeda mais fraca aumentaram os custos de produção e reduziram a confiança nos negócios. Esses fatores têm investimento limitado e diminuíram a recuperação na fabricação.

Os analistas alertam que a perspectiva do setor permanece cautelosa. O melhor resultado para abril desde 2022 não mascare os desafios subjacentes. As previsões sugerem que o crescimento industrial pode diminuir para 1,6% para 2025, abaixo dos 3,1% no ano passado.

A desaceleração em São Paulo, que define o ritmo do país, sinaliza que a indústria do Brasil enfrenta obstáculos estruturais. Essa estagnação é importante porque a indústria impulsiona empregos, investimentos e receita tributária.

Quando as fábricas cortam a produção, os efeitos se movem através da economia. Os dados de abril mostram que o mecanismo industrial do Brasil está perdendo força e o país deve enfrentar seus desafios de custo e competitividade para evitar contratempos mais profundos.