As curvas de rendimento revelam realidades divergentes para nós e o Brasil

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Os gráficos comerciais oficiais de 3 de junho de 2025 mostram uma clara divergência no rendimento do título do governo entre os Estados Unidos e o Brasil. O rendimento do tesouro de 10 anos dos EUA é de 4,43 %, enquanto o rendimento de 2 anos é de 3,92 %.

Isso cria uma propagação positiva de 0,51 pontos percentuais. No Brasil, os 10 anos de rendimento de títulos governamentais registram 14,09 %, com os 2 anos em 14,01 %, deixando uma propagação de apenas 0,08 pontos percentuais.

A curva de rendimento dos EUA, com sua inclinação positiva, sinaliza que os investidores esperam crescimento econômico moderado e alguma inflação nos próximos anos. A forma da curva mudou de uma inversão observada nos anos anteriores, que geralmente sinaliza o risco de recessão, para uma estrutura mais normalizada.

Essa mudança indica que os mercados agora veem menos risco de uma desaceleração iminente. A lacuna consistente entre os dois rendimentos, embora menores que as médias históricas, sugere que os investidores tenham alguma confiança na capacidade do Federal Reserve de gerenciar a inflação e apoiar o crescimento.

A curva de rendimento do Brasil conta uma história diferente. Os rendimentos de 2 e 10 anos permanecem acima de 14 %. A disseminação entre eles é mínima, indicando que os investidores veem pouca diferença de risco entre dívidas governamentais de curto e longo prazo.

Essa planicidade, combinada com altos rendimentos, aponta para preocupações persistentes da inflação e falta de confiança na capacidade do governo de estabilizar a economia. Os gráficos mostram que os rendimentos caíram de máximos recentes, mas a curva permanece plana, refletindo a incerteza em andamento.

A diferença entre nós e os rendimentos brasileiros é impressionante. Os investidores exigem um retorno muito maior para manter títulos brasileiros, refletindo a inflação mais alta do país, a incerteza fiscal e o risco de depreciação da moeda. Por outro lado, o Tesouro dos EUA continua sendo uma referência global para a estabilidade, mesmo quando os rendimentos permanecem elevados em comparação com a década anterior.

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Os participantes do mercado assistem a essas curvas de perto porque oferecem informações em tempo real sobre as expectativas econômicas. Nos EUA, a curva positiva sugere que os investidores esperam que o Federal Reserve gerencie um pouso suave, sem choques agudos à frente.

No Brasil, a curva plana e de alto rendimento destaca os desafios que os formuladores de políticas enfrentam e os riscos que os investidores vêem nas perspectivas do país. Essas curvas de rendimento não refletem apenas a política monetária; Eles também capturam o humor econômico mais amplo.

O mercado dos EUA mostra sinais de otimismo cauteloso, enquanto a curva do Brasil sinaliza profunda preocupação com a inflação e a gestão fiscal. Os investidores continuarão a assistir a esses indicadores à medida que os bancos centrais e os governos respondem às mudanças nas condições econômicas.

A história por trás dos números é de fortunas divergentes e apetites de risco, fundamentados nos dados concretos de gráficos oficiais de negociação.