As reservas de câmbio do México aumentaram para um recorde de US $ 239,7 bilhões em abril de 2025, marcando o nível mais alto desde que os registros começaram em 1996.
O Banco de México relatou uma escalada constante, com reservas crescendo em 19 das primeiras 21 semanas do ano, impulsionadas por ganhos de avaliação de ativos, vendas de dólares da gigante estadual de petróleo Pemex e transferências do Fundo de Petróleo México.
Essa acumulação reflete uma estratégia deliberada para proteger a economia da volatilidade externa, um princípio central do pensamento econômico mercantilista.
A ascensão das reservas decorre de três fatores -chave. Primeiro, flutuações nos valores internacionais de ativos – como preços do ouro – contabilizados para 26% do aumento, destacando as participações diversificadas do Banco Central.
Segundo, a PEMEX vendeu US $ 2,9 bilhões para o Banxico, uma prática obrigatória para garantir a liquidez do dólar para o setor de energia. Terceiro, o fundo de petróleo mexicano contribuiu com US $ 630 milhões, alinhando -se com políticas de estabilização fiscal para compensar as mudanças nos preços do petróleo.
Combinados, essas medidas ressaltam o foco do México em manter buffers externos robustos. Essas reservas agora cobrem quase quatro meses de importações, uma métrica crítica para a estabilidade econômica.
Estratégia de reserva do México
Os analistas observam que atuam como uma “rede de segurança” para impedir o voo de capital durante as crises, uma lição aprendida com os choques anteriores do equilíbrio de salários.
Enquanto as reservas absolutas do México seguem US $ 340,5 bilhões do Brasil, o índice de cobertura do país de 4,3 meses ultrapassa os 6,5 meses do Chile quando medido em relação aos volumes de importação.
A Colômbia, com US $ 58,5 bilhões em reservas, fica em termos absolutos e relativos. As reservas maiores do Brasil refletem sua escala econômica mais ampla e força de exportação orientada a commodities, mas a estratégia do México prioriza a eficiência.
Ao manter a autonomia na política fiscal e monetária, o México evita a dependência excessiva de empréstimos externos, um princípio mercantilista-chave. As reservas também complementam os esforços para reduzir o déficit em conta corrente e reforçar a confiança dos investidores.
Por outro lado, as reservas menores do Chile (US $ 40,9 bilhões) alcançam maior cobertura de importação, sugerindo um gerenciamento mais apertado. O recente crescimento da Colômbia em reservas (de US $ 57,8 bilhões a US $ 58,5 bilhões) sinaliza otimismo cauteloso em meio à instabilidade regional.
A abordagem do México, no entanto, balança a escala e a prudência, posicionando -a como um jogador estável em mercados globais turbulentos. Este acúmulo não é apenas defensivo. Sinaliza a postura proativa do México na salvaguarda da competitividade comercial e na soberania financeira – uma prioridade mercantilista.
À medida que os ventos econômicos globais persistem, as reservas são uma prova de previsão estratégica, garantir que o México possa navegar por tempestades sem comprometer sua independência econômica.