Comércio sem dólares: o plano blockchain do Brasil para os países do BRICS

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O Brasil propôs um sistema de pagamento baseado em blockchain para transações comerciais do BRICS, abandonando os planos anteriores para uma moeda comum.

A Presidência Brasileira, que começou em janeiro de 2025, descreveu essa iniciativa como uma prioridade central para seu mandato de um ano que lidera o bloco econômico em expansão. A proposta concentra -se em permitir transações diretas em moedas locais sem se converter primeiro em dólares americanos.

O Brasil pretende aproveitar a tecnologia blockchain para criar uma infraestrutura segura que reduz os custos de transação e os tempos de processamento entre os países membros. Essa abordagem representa uma solução pragmática para melhorar a cooperação econômica, evitando o confronto direto com o domínio do dólar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anteriormente manifestou interesse em uma moeda comum do BRICS. A estratégia mudou depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou 100% de tarifas contra países que tentavam desafiar a hegemonia do dólar no comércio global.

As autoridades brasileiras agora enfatizam que seu plano se concentra na facilitação de pagamentos, em vez da substituição da moeda. A iniciativa Blockchain se baseia no bem -sucedido sistema de pagamento digital doméstico do Brasil, Pix.

Comércio sem dólares: o plano blockchain do Brasil para os países do BRICS. (Reprodução da Internet fotográfica)

Lançado em 2020, o PIX revolucionou transações financeiras no Brasil e poderia servir como um modelo para sistemas de pagamento interconectados do BRICS. O país também planeja expandir seu sistema de pagamento em moeda local atualmente operando na Argentina, Uruguai e Paraguai.

Cooperação econômica e inovação tecnológica

O BRICS cresceu significativamente além de seus cinco membros originais. O bloco agora inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Nove países parceiros adicionais completam a aliança: Bielorrússia, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

Juntos, essas nações controlam 42% das reservas globais de câmbio e representam aproximadamente 37% do PIB mundial. Esse peso econômico dá significado a quaisquer iniciativas financeiras que o grupo realize.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, enfatizou que a iniciativa “trabalha a favor da cooperação e desenvolvimento de seus membros – não contra ninguém”. A próxima Cúpula do BRICS, programada para 6 a 7 de julho no Rio de Janeiro, abordará esse sistema de pagamento juntamente com outras prioridades.

O Brasil estabeleceu cinco objetivos principais para sua presidência: facilitar o comércio e o investimento, regulando a inteligência artificial, combatendo as mudanças climáticas, fortalecendo a cooperação em saúde pública e desenvolvendo instituições de BRICS.

A proposta de blockchain oferece aos membros do BRICS um caminho tecnológico para reduzir a vulnerabilidade das sanções, mantendo a soberania financeira em um cenário econômico cada vez mais multipolar.