As classificações de Moody rebaixaram as perspectivas de crédito do Brasil de “positivo” para “estável” na sexta -feira, sinalizando a confiança desbotada no presidente Luiz Inácio Lula da Silva de estabilizar as finanças públicas.
A agência afirmou a classificação BA1 do Brasil-um entalhe abaixo da nota de investimento-, mas alertou que os custos de dívida crescentes, inflação teimosa e gastos rígidos ameaçam o crescimento a longo prazo.
A dívida pública do Brasil deve atingir 92% do PIB em 2025, acima de 76,2% no início de 2024, com pagamentos de juros consumindo 21% da receita do governo.
A Moody’s espera que os níveis de dívida se estabilizem em 88% do PIB dentro de cinco anos, impulsionados pelos custos de empréstimos vinculados a uma taxa de juros de referência de 14,75%, a mais alta desde 2006.
A inflação, atualmente em 5,53%, permanece acima da meta de 3,5% do banco central, apertando famílias e empresas.
O Ministério das Finanças reafirmou seu compromisso com as reformas fiscais, incluindo um corte de US $ 327 bilhões em 2030 e uma revisão de impostos de 2023.
No entanto, políticas conflitantes, como expandir programas de bem -estar e isenções tributárias, diluiram o progresso.
Mais de 90% do orçamento do Brasil está preso a despesas obrigatórias, como pensões e salários públicos, deixando flexibilidade mínima para a austeridade.
Credibilidade fiscal do Brasil testada como perspectiva de rebaixamentos de Moody em meio a um aumento de dívida
O crescimento econômico é o resfriamento, com o PIB projetado para diminuir para 2% em 2025, de 3,4% em 2024.
Espera -se que o investimento privado caia para 0,7% até 2026, enquanto os gastos públicos aumentam, alimentados pelos governos regionais.
A decisão da Moody corrige sua controversa atualização de outubro de 2024, que seguiu o campo de Nova York de Lula para as agências de classificação.
O 1,4% Q1 do Brasil 2025 confronta os conflitos de crescimento com o aumento da dívida para 76,2% do PIB
Esse movimento provocou um acidente de moeda para R $ 6,27 por dólar até dezembro, apelidado de “pânico fiscal” por analistas.
Os críticos argumentam que o governo depende de correções temporárias, como adiar os pagamentos ordenados pelo tribunal, para mascarar déficits.
Para os brasileiros, dívida mais alta significa escolhas mais duras: a austeridade corre o risco de agitação, enquanto a inação corre o risco de inflação mais profunda e perdas de empregos.
As empresas enfrentam crédito mais caro, com taxas de empréstimo acima de 375 pontos base desde 2023.
A Moody’s adverte que, sem reformas estruturais, o caminho do Brasil para o grau de investimento – e capital mais barato – permanecerá bloqueado.