(Análise) Steve Bannon, em uma entrevista recente com Tucker Carlson, fez uma avaliação gritante da trajetória atual da América.
Ele afirma um poderoso e entrincheirado “aparato” – o que chama de estado profundo – agora substitui a autoridade presidencial, levando os Estados Unidos a conflitos militares diretos no Oriente Médio e na Ucrânia.
Bannon argumenta que esse sistema, enraizado nas agências de inteligência, o Pentágono e os principais interesses corporativos e financeiros, está sabotando ativamente as políticas de assinatura de Donald Trump: terminando “Wars Forever”, garantindo a fronteira e reformulando o comércio global para levar a fabricação para casa.
Bannon detalha como a coalizão eleitoral de Trump, que uniu a classe trabalhadora americana, empresários de tecnologia e nacionalistas econômicos, agora enfrenta esforços coordenados para separá-lo.
Ele afirma que o aparelho é mais obcecado em manter o envolvimento dos EUA em guerras sem fim, principalmente no Oriente Médio. Segundo Bannon, a súbita escalada com o Irã – marcada por ataques israelenses em locais nucleares e rápidos implantações militares dos EUA – não foi por acaso.
Ele afirma que surgiu das decisões tomadas profundamente em Washington, muitas vezes sem debate público claro ou controle presidencial direto. Fatos recentes apóiam as preocupações de Bannon.
Em meados de 2025, os EUA aumentaram sua presença de tropas no Oriente Médio para entre 40.000 e 50.000, o mais alto desde o primeiro mandato de Trump.
Três grupos de greve de transportadores foram transferidos do Pacífico para o Mar da Arábia do Norte e o Mar Vermelho, fornecendo cobertura aérea para operações israelenses e apoiando greves em alvos houthis no Iêmen.
A própria estratégia de defesa nacional do Pentágono agora enfatiza “America First” e “Peace Through Strength”, mas a realidade no terreno mostra um padrão de escalada militar que parece impulsionada pela inércia operacional e pela resistência interna, não um final claro.
Bannon aponta para uma interferência específica nas estratégias de paz de Trump. Ele acusa elementos da CIA, o escritório do Diretor de Inteligência Nacional, o Pentágono e os republicanos seniores como Lindsey Graham e Mike Pompeo de minar os esforços para negociar acordos na Ucrânia e no Oriente Médio.
Ele destaca como a inteligência e o apoio dos EUA permitiram que ataques ucranianos complexos na Rússia, sugerindo que, sem o envolvimento americano, essas operações não seriam possíveis.
Bannon também critica a mídia conservadora e as figuras republicanas que, enquanto apoiam publicamente Trump, promovem políticas que mantêm os EUA envolvidos em guerras estrangeiras e acordos comerciais globalistas.
Essa resistência interna não é especulação. Fontes oficiais e relatórios de investigação confirmam que um grupo persistente dentro da burocracia federal agiu para contornar ou atrasar as principais iniciativas de Trump, muitas vezes justificando suas ações como protegendo os interesses nacionais.
Bannon alerta sobre a Guerra da Política Externa dos EUA.
A comunidade de Pentágono e Inteligência ganhou crescente autonomia, com os comandantes de campo e os chefes de agência às vezes agindo à frente ou fora ou fora dos cronogramas diplomáticos civis.
Essa dinâmica levou a uma situação em que a postura militar e as prioridades da indústria de defesa impulsionam a política externa, não o contrário. Bannon adverte que, a menos que a coalizão de Trump enfrente e desmantela esse aparato agora, os EUA deslizarão para uma guerra catastrófica no Oriente Médio.
Ele diz que esse conflito não apenas destruiria a base política de Trump, mas também atrapalharia os esforços para garantir a fronteira e repatriar empregos de fabricação – promessas de movimentos do MAGA.
Ele pede expor os que estão dentro do governo e do Partido Republicano que trabalham contra esses objetivos, insistindo que os próximos 200 dias decidirão se os Estados Unidos permanecem uma república soberana ou ficarão presos em conflitos sem fim.
Os fatos no terreno eco, o alarme de Bannon: as forças americanas estão nos seus mais altos níveis regionais em anos, os ativos militares estão posicionados para uma rápida escalada, e documentos oficiais de política mostram um país preso entre a restrição declarada e o acúmulo real.
O resultado dessa luta interna determinará se os EUA continuam em um caminho de intervenção global ou pivôs para uma abordagem mercantil mais restrita.