Guiana luta contra o poder eleitoral da Venezuela

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A Reuters relata que a Guiana pediu ao Tribunal Internacional de Justiça (ICJ) na quinta -feira para impedir a Venezuela de realizar eleições na região de Essequibo disputada.

O governo da Guiana afirma que essas eleições planejadas violariam uma decisão anterior do ICJ que proíbe ações que alteram o status quo do território. A Venezuela agendou as eleições provinciais para 25 de maio de 2025, que incluem a seleção de um governador para o recém -criado estado “Guayana Esequiba”.

O governo do presidente Nicolás Maduro aprovou a legislação no ano passado, estabelecendo esse estado dentro do território contestado. A Guiana argumenta que esse movimento “viola flagrantemente” a ordem do ICJ em dezembro de 2023, protegendo seu controle administrativo sobre a região.

A área disputada abrange 160.000 quilômetros quadrados (62.000 milhas quadradas) e compreende aproximadamente 70% do território da Guiana. Essa controvérsia territorial remonta ao século XIX, quando a Venezuela desafiou as fronteiras coloniais britânicas.

O Prêmio Arbitral de Paris estabeleceu a fronteira atual em 1899, mas a Venezuela renovou sua reivindicação em 1962. As tensões aumentaram recentemente quando uma patrulha da Guarda Costeira Venezuelana teria entrado nas águas da Guiana perto de um navio de produção da Exxonmobil.

Batalha pelo Essequibo: Guiana luta contra o jogo eleitoral da Venezuela na corte mundial. (Reprodução da Internet fotográfica)

A Venezuela sustenta que essas águas permanecem sujeitas a delimitação sob o direito internacional. As imagens de satélite também revelaram acúmulos militares venezuelanos perto da fronteira de Essequibo.

A disputa territorial da Venezuela-guyana aumenta

A disputa ganhou maior significado após as principais descobertas de petróleo offshore nos anos 2010 aumentaram drasticamente o valor econômico da região. O interesse da Venezuela se intensificou em dezembro de 2023, quando conduziu um referendo sobre o anexo do território.

Quatro dias depois que a ICJ emitiu sua ordem de proteção, a Assembléia Nacional da Venezuela anunciou planos de incorporar a região. A Guiana solicitou audiências aceleradas do ICJ para evitar “danos graves e irreparáveis” aos seus direitos de soberania.

O governo da Guiana afirmou que as eleições planejadas envolveriam inevitavelmente atividades preparatórias em seu território, afetando sua população e soberania.

Organizações internacionais, incluindo a Organização dos Estados Americanos, Caricom e Commonwealth, condenaram as ações da Venezuela.

O Brasil, o Reino Unido e os Estados Unidos expressaram apoio à posição da Guiana ao longo desta crescente crise. O julgamento final do ICJ sobre essa disputa territorial de longa data pode levar vários anos para chegar.