A Rússia mudou-se para fortalecer seus laços com as nações africanas, lançando uma nova fase de cooperação sob o Corpo da África, uma força paramilitar controlada pelo Kremlin.
Essa mudança segue a retirada do Grupo Wagner do Mali, onde havia apoiado o governo militar em sua luta contra militantes islâmicos.
Apesar da saída de Wagner, a Rússia não sinaliza nenhuma intenção de reduzir sua presença na África. O Corpo da África agora manterá e expandirá o apoio russo na região.
O porta -voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou em 9 de junho de 2025 que a Rússia planeja aprofundar seu envolvimento com os países africanos, com foco em parcerias econômicas, investimentos e setores críticos como defesa e segurança.
Peskov descreveu essas áreas como “sensíveis”, refletindo a intenção da Rússia de oferecer alternativas onde a influência ocidental desapareceu. O Corpo da África, formado após a morte da liderança de Wagner em 2023, absorveu a maioria do pessoal de Wagner.
Fontes oficiais afirmam que a nova força continuará a fornecer treinamento e apoio aos militares locais no Mali e em outros estados, mas evitará funções de combate direto.
Expansão estratégica da Rússia na África
Essa abordagem se alinha à estratégia mais ampla da Rússia de apoiar governos que buscam alternativas aos acordos de segurança apoiados pelo Ocidente.
O governo militar do Mali, que chegou ao poder através de golpes em 2020 e 2021, agora depende muito da assistência russa depois de quebrar os laços com a França e os Estados Unidos.
A França retirou suas forças do Mali em 2022, deixando um vácuo que a Rússia rapidamente se moveu para preencher. Além da segurança, a Rússia também está estabelecendo um fundo de apoio financeiro para investir em projetos de infraestrutura, energia e mineração africanos.
As empresas russas aumentaram suas atividades comerciais e de investimento, embora sua pegada econômica geral na África permaneça menor que a da China ou da União Européia.
Os governos ocidentais expressaram preocupações sobre a crescente influência da Rússia na África, particularmente em países como Mali, República da África Central e Guiné Equatorial.
No entanto, a Rússia continua a se posicionar como um parceiro confiável que oferece apoio militar e econômico sem as condições frequentemente ligadas à ajuda ocidental.
Todas as informações deste artigo são baseadas em declarações oficiais e fatos verificáveis. Não foram incluídas citações fabricadas ou reivindicações especulativas.