Mais de 50 países abordaram o governo dos EUA para iniciar as negociações comerciais após o anúncio do presidente Donald Trump de abrangentes tarifas de importação.
As medidas, reveladas em 2 de abril, impuseram uma tarifa de 10% da linha de base em todas as importações, com as taxas subindo até 50% para países específicos.
As tarifas, parte da estratégia “America First” de Trump, visam abordar desequilíbrios comerciais e proteger as indústrias domésticas.
No entanto, eles já causaram interrupções significativas no mercado global, apagando quase US $ 6 trilhões no valor do mercado de ações dos EUA na semana passada.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, confirmou o alcance de mais de 50 nações, mas não divulgou quais países estão envolvidos ou o status das negociações.
As negociações simultâneas apresentam um desafio logístico para a administração, levantando questões sobre sua viabilidade e linha do tempo.
O secretário de comércio Howard Lutnick defendeu as tarifas como necessário para impedir que economias maiores, como a China, explorem nações menores para ignorar as restrições comerciais.
Ele sugeriu que as tarifas pudessem permanecer no local por semanas ou mais, se necessário.
Mais de 50 nações buscam negociações comerciais dos EUA depois de varifas de shake mercados
O impacto financeiro tem sido imediato e severo. Os índices de ações dos EUA viram declínios acentuados, enquanto os mercados asiáticos e europeus também sofreram perdas.
Os analistas estimam que as tarifas podem aumentar os preços dos consumidores dos EUA em 2% este ano, adicionando tensão financeira às famílias que já estão lutando com a inflação.
As famílias de renda média podem enfrentar perdas anuais de US $ 3.800 devido a custos mais altos para mercadorias como roupas e eletrônicos.
As famílias de baixa renda podem perder US $ 1.700 anualmente, enquanto setores como têxteis se preparam para aumentos de preços de até 17%.
Caos por design: a tempestade econômica de Trump e seu possível plano
Globalmente, as reações variaram. Algumas nações propuseram acordos zero-tarifários para atrair investimentos nos EUA, enquanto outros ameaçam medidas retaliatórias.
A União Europeia alertou para crescer tensões comerciais que poderiam prejudicar milhões em todo o mundo.
Enquanto isso, a China condenou as tarifas como agressão econômica e prometeu ações recíprocas contra as exportações americanas.
O governo enquadra essas tarifas como um realinhamento estratégico das regras comerciais globais, mas os críticos alertam sobre riscos econômicos de longo prazo e relações internacionais tensas.
À medida que os mercados se preparam para uma maior volatilidade, as próximas semanas testarão se essas negociações podem estabilizar um cenário comercial global em rápida mudança.