O braço longo legal do Brasil fica aquém da plataforma x impasse

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Um impasse entre as autoridades judiciais brasileiras e a plataforma de mídia social X aumentou, levantando questões sobre a aplicação das ordens judiciais locais em um cenário digital cada vez mais globalizado.

Um relatório de 11 de março da polícia federal do Brasil ao juiz da Suprema Corte Alexandre de Moraes alega que X contornou deliberadamente os blocos judiciais em várias contas, permitindo transmissões ao vivo e apoio financeiro a indivíduos sob sanções legais.

O relatório destaca violações específicas envolvendo perfis pertencentes ao jornalista Allan Dos Santos e ao comentarista Rodrigo Constantino, ambos os sujeitos de restrições ordenadas pelo tribunal.

Em 8 de abril, a polícia documentou uma transmissão ao vivo de Dos Santos por meio de sua conta “Terça Livre”, com um indicador “Live Now” visível diretamente em X. Da mesma forma, o perfil de Constantino, bloqueado pelo Justice Moraes em 12 de abril, hospedou uma transmissão ao vivo acessível dentro do aplicativo X sem o uso de VPNs.

Também incluiu links redirecionando os espectadores para o YouTube. A alegação de X de que essas transmissões ocorreram em plataformas externas foram rapidamente desmascaradas pelos investigadores.

O braço longo legal do Brasil fica aquém da plataforma x impasse. (Reprodução da Internet fotográfica)

Complicando ainda mais o caso, as autoridades identificaram um botão “Enviar bônus” no perfil de Dos Santos quando acessados ​​por meio de um navegador da Web, permitindo contribuições financeiras, apesar das proibições judiciais.

Essas descobertas ressaltam uma tensão mais ampla entre as plataformas judiciárias e internacionais do Brasil sobre a conformidade com as decisões locais sobre moderação de conteúdo e restrições de contas.

Em resposta, a Justiça Moraes emitiu uma ordem de 19 de março, atraindo X e Meta para fornecer informações detalhadas da conta relacionadas ao DOS Santos dentro de 10 dias, com não conformidade desencadeando multas diárias de R $ 100.000 (aproximadamente US $ 19.600).

Tensões legais na repressão de “notícias falsas” do Brasil

A diretiva faz parte das consultas em andamento na Suprema Corte sobre supostas redes de notícias falsas e atividades de “milícias digitais”, com o DOS Santos – um fugitivo desde que fugiu do Brasil em 2021 – colocando uma sentença de difamação de 2022 de 1 ano e 7 meses.

O caso expõe linhas de falha significativas na abordagem judicial do Brasil. Os críticos argumentam que a busca agressiva da responsabilidade da plataforma reflete um excesso de autoridade, com as ordens de Moraes se aproximando da microgerenciamento do discurso on -line.

O vago escopo das investigações de “notícias falsas” alimentou acusações de aplicação seletiva, particularmente contra as vozes críticas ao estabelecimento.

Além disso, a dependência do judiciário de pesadas multas de obrigar a conformidade dos gigantes da tecnologia global destaca uma lacuna entre as ambições legais do Brasil e sua capacidade prática de fazer cumprir as decisões extraterritoriamente – Dos Santos, por exemplo, permanece além do alcance nos Estados Unidos.

Esse confronto não é apenas uma briga doméstica, mas um teste de como os tribunais nacionais podem regular as plataformas digitais sem fronteiras. Os riscos judiciários do Brasil parecem pesados ​​e impotentes: assertivos em suas demandas, mas incapazes de controlar em seus objetivos ou nas empresas que as hospedam.

À medida que o prazo aparece, o resultado pode sinalizar se as empresas internacionais de tecnologia podem ser responsabilizadas pelas leis locais-ou se a estrutura legal do Brasil está mal equipada para as realidades da era digital.