A dívida pública federal do Brasil atingiu um recorde de 7,617 trilhões de reais (US $ 1,33 trilhão) em abril de 2025, informou o Tesouro Nacional. Esse aumento de 1,44% em relação aos 7,508 trilhões de março resulta de altas taxas de juros e novos empréstimos.
Os números revelam a luta do Brasil para manter o equilíbrio fiscal e a competitividade comercial.
A dívida doméstica saltou 1,55%, para 7,31 trilhões de reais, impulsionada por 41,42 bilhões de reais em títulos ligados à inflação.
Os pagamentos de juros, inflados por uma taxa de 14,75%, acrescentou 70,3 bilhões de reais. A dívida externa diminuiu 1,1% para 306,13 bilhões de reais, pois o real se fortaleceu em relação ao dólar.
A dívida permanece abaixo dos reais de 8,1 a 8,5 trilhões projetados para 2025, oferecendo alívio temporário. Uma reserva financeira subiu para 904 bilhões de reais, cobrindo 8,57 meses de pagamentos. O prazo médio da dívida aumentou para 4,17 anos, refletindo a confiança dos investidores.
Altas taxas de juros, definidas para controlar a inflação, sobrecarregar o orçamento do Brasil. Empréstimo para financiar déficits desvia os recursos do comércio e da infraestrutura. Durante o ano seguinte, 1,365 trilhão de reais em títulos amadurecem, exigindo refinanciamento cuidadoso.
As instituições financeiras detêm 30,5%da dívida doméstica, fundos de pensão 23,9%e investidores estrangeiros 9,7%. Esta base diversificada de credores suporta necessidades de empréstimos. No entanto, os custos crescentes da dívida enfraquecem o real, prejudica os preços de exportação.
Dilema da dívida do Brasil
A dependência do Brasil em títulos ligados a seleções, quase metade de sua dívida, amplifica os impactos no aumento das taxas. Nenhuma grande economia enfrenta essa exposição. Déficits persistentes, como os 18,973 bilhões de fevereiro, forçam mais empréstimos, forçando a saúde fiscal.
Um real mais fraco aumenta os custos de importação, espremendo empresas dependentes de insumos estrangeiros. Os exportadores perdem as margens à medida que as flutuações da moeda corroem a competitividade. A manutenção da dívida consome fundos necessários para portos, estradas e projetos de energia.
O governo pretende reduzir os títulos vinculados a 23% até 2035, uma meta desafiadora. A confiança dos investidores, mostrada por participações estrangeiras subindo de 9,6% para 9,7%, oferece alguma estabilidade. No entanto, a volatilidade do mercado ameaça a confiança.
O caminho fiscal do Brasil exige gestão prudente. O aumento do serviço da dívida aumenta os custos para empresas e consumidores, arriscando a desaceleração econômica. O monitoramento dessas tendências esclarece as perspectivas comerciais e de investimento do Brasil.