O Gabinete do Procurador -Geral do Brasil (AGU) lançou uma ofensiva legal histórica contra a Meta, exigindo que o Supremo Tribunal Federal (STF) force plataformas de mídia social para interromper anúncios fraudulentos que exploram símbolos do governo e figuras públicas.
O impulso segue as revelações de que mais de 1.770 anúncios enganosos inundaram o Facebook e o Instagram apenas em janeiro de 2025, se passando por agências federais como o Instituto Nacional de Seguro Social (INSs) para promover esquemas falsos de compensação de pensões.
Os sistemas de anúncios da META permitiram que esses golpes visassem usuários vulneráveis, apesar dos dados internos de 2022 mostrarem 70% dos anúncios recentes promoveram golpes ou produtos ilegais.
O processo da AGU busca recuperar lucros ilícitos desses anúncios e atribuir danos morais coletivos a meta, citando sua falha em examinar o conteúdo que viola as leis de proteção ao consumidor.
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro traçaram a onda até uma regra tributária revogada, que desencadeou um aumento de 35% em anúncios fraudulentos após seu cancelamento.
Brasil desafia a grande tecnologia
As ferramentas da Meta permitiram a segmentação precisa do público, direcionando golpes para usuários de baixa renda que buscam alívio financeiro. A empresa registrou US $ 164,5 bilhões em 2024 receita, com vendas de anúncios gerando um crescimento de 22%, levantando questões sobre incentivos ao conteúdo da polícia.
Central para a batalha legal é o artigo 19 da Declaração de Direitos da Internet em 2014 do Brasil, que protege as plataformas da responsabilidade, a menos que ignorem as quedas ordenadas pelo tribunal. O STF está agora revisando sua constitucionalidade, com uma decisão que deve redefinir os padrões de prestação de contas.
A fiscalização passada inclui uma proibição de 2024 em X (Twitter) de não conformidade, sinalizando a posição de endurecimento do Brasil. Enquanto isso, Tiktok enfrenta escrutínio após os desafios da inalação do aerossol levaram a mortes de crianças, incluindo uma criança de 8 anos em Brasília.
O pacto de 2024 do STF com Meta, Google e Tiktok para combater a desinformação mostrou resultados limitados, com golpes persistindo através de táticas refinadas, como endossos de DeepFake.
Em março de 2025, a Meta removeu 23.000 páginas de fraude direcionada aos usuários brasileiros e indianos, mas as lacunas na verificação do anunciante permanecem. Os especialistas jurídicos alertam a derrubada do artigo 19 pode forçar a moderação proativa do conteúdo, remodelando as operações para empresas de tecnologia em um de seus maiores mercados.
Para as autoridades brasileiras, as apostas se estendem além da receita – salvaguardas falhadas corroem a confiança na governança digital, enquanto os cidadãos vulneráveis pagam o preço.