O Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) do Brasil relatou a menor taxa de desmatamento de fevereiro na Amazônia desde o início da manutenção de registros em 2016.
O desmatamento caiu para 80,95 quilômetros quadrados em fevereiro de 2025, marcando uma diminuição de 64,26% em relação aos 226,51 quilômetros quadrados registrados em fevereiro de 2024. Essa tendência positiva contradiz as figuras alarmantes de janeiro.
O desmatamento subiu 68% em janeiro de 2025 em comparação com o mesmo mês em 2024, com 133 quilômetros quadrados perdidos. Imazon, uma organização de monitoramento brasileiro, equiparou essa destruição a mais de 400 campos de futebol liberados diariamente.
O estado de Mato Grosso liderou a limpeza florestal de fevereiro com 29 quilômetros quadrados. Roraima seguiu com 18 quilômetros quadrados e depois pará com 15 quilômetros quadrados. A perda restante ocorreu em Amazonas, Maranhão, Rondônia e Acre.
A região de Savana do Cerrado também mostrou melhora. O desmatamento de fevereiro caiu 24% em comparação com 2024, caindo para 494,05 quilômetros quadrados em relação aos 655,51 quilômetros quadrados do ano anterior.
Especialistas alertam que a degradação da floresta apresenta uma crescente crise, apesar da redução da limpeza. A degradação subiu 497% em 2024 em comparação com os níveis de 2023. Os cientistas registraram 36.379 quilômetros quadrados de floresta degradada no ano passado – a mais alta em 15 anos.
Um padrão contínuo de desmatamento e degradação ambiental
Janeiro de 2025 continuou esse padrão preocupante com taxas de degradação 21 vezes maiores que janeiro de 2024. Seca severa e incêndios geram grande parte desse dano, transformando áreas previamente úmidas em zonas vulneráveis e propensas a incêndio.
A Amazônia legal abrange nove estados brasileiros e cobre 59% do território do país. Esta vasta região desempenha um papel crucial na regulação climática global e na conservação da biodiversidade.
As taxas de desmatamento do Brasil geralmente diminuíram desde que o presidente Lula assumiu o cargo em 2023. Isso reverte os aumentos acentuados observados durante o governo Bolsonaro, quando a aplicação ambiental enfraqueceu significativamente.
Os cientistas permanecem preocupados com o futuro da Amazônia. Um estudo da Rede Amazônia de Informações Socioambientais Georreferenciadas Projeta Perdas potenciais de até 23,7 milhões de hectares entre 2021 e 2025.
A maior floresta tropical do mundo enfrenta várias ameaças. A pecuária de gado impulsiona a maior parte do desmatamento, seguido de atividades agrícolas, mineração e ilegal. Os pesquisadores alertam que a contínua perda florestal pode empurrar o ecossistema além de um ponto de inflexão.
O sucesso do Brasil no combate ao desmatamento representa uma etapa crítica para a estabilidade climática global, embora a luta contra a degradação exija atenção imediata.