O impulso do presidente colombiano Gustavo Petro a dividendos tributários, heranças e remessas internacionais colidiu com a resistência do congresso à medida que a dívida externa se aproxima de 50% do PIB, revela os dados do banco central.
As reformas propostas visam cobrar US $ 5,4 bilhões anualmente, aumentando os impostos de dividendos de 10% para 19-39% para indivíduos e 20% para entidades estrangeiras, direcionando a concentração de riqueza.
Os críticos argumentam que essas medidas riscam o investimento sufocando enquanto não conseguem abordar um déficit fiscal atingindo 6,1% do PIB. A administração da Petro atribui a dívida pública crescente – US $ 201,76 bilhões até o final de 2024 – aos empréstimos dos antecessores, principalmente durante a pandemia.
A taxa de juros de 9,25% do Banco Central, embora reduzida em maio de 2025, permanece controversa, com Petro acusando a instituição de inflar os custos de dívida por meio de políticas restritivas. Os passivos do setor privado também subiram para US $ 88,56 bilhões, impulsionados por empréstimos corporativos e receitas fiscais estagnadas.
Uma reforma de pensões históricas, aprovada em junho de 2024, muda a Colômbia para um sistema híbrido que combina pagamentos gerenciados pelo estado e economia privada.
Trabalhadores que ganham acima de 2,3 vezes o salário mínimo devem dividir contribuições, enquanto as mães ganham períodos de qualificação reduzidos – 50 semanas por criança. A revisão pretende cobrir 2,5 milhões de aposentados adicionais até 2025 por meio de subsídios estatais, apesar dos avisos de cofres públicos tensos.
Aposta econômica de Petro
Os subsídios a combustíveis fósseis e privatizações de rodovias permanecem pontos focais, com a Petro reivindicando essas políticas canalizando US $ 11,4 bilhões anualmente para grupos de alta renda.
Seu esforço para redirecionar os fundos para a saúde e a educação enfrenta obstáculos à medida que os projetos de crescimento do PIB passam em 2,5% para 2025, por pesquisa da BBVA.
As remessas, críticas para entradas de dólares, mostram sinais de declínio, ampliando o déficit em conta corrente para cerca de 3,1% do PIB até 2026. Os líderes empresariais expressam ceticismo sobre aumentos de impostos sobre ações e serviços digitais, temendo o investimento estrangeiro reduzido.
Uma sobretax de 5% nos setores financeiros e 1,5% de cobrança em grandes participações de capital, ativo até 2026, agravam essas preocupações. Enquanto isso, as taxas de pobreza de 40% e o desemprego de dois dígitos persistem, ressaltando as apostas da aposta de Petro para equilibrar ganhos de patrimônio com estabilidade econômica.