O presidente Daniel Noboa emitiu o Decreto 565 na terça -feira, confirmando oficialmente o dólar americano como a única moeda legal do Equador. A ordem executiva também propõe reformas constitucionais significativas para fortalecer permanentemente, marcando 25 anos desde que o Equador adotou o dólar pela primeira vez.
O decreto contém duas disposições principais. Primeiro, ratifica formalmente o dólar como o único meio oficial de pagamento do Equador. Segundo, exorta o movimento político de Noboa a iniciar reformas no artigo 303 da Constituição para incorporar permanentemente a dólar.
As mudanças constitucionais propostas proibiriam explicitamente o banco central do Equador de emitir qualquer moeda alternativa ou paralela. Essa restrição visa impedir que futuros governos abandonem a dólar, uma política que permanece esmagadoramente popular entre os equatorianos.
O Equador adotou inicialmente o dólar americano em 9 de janeiro de 2000, durante uma grave crise econômica. O então presidente Jamil Mahuad tomou essa decisão desesperada de estabilizar uma economia que experimenta colapso bancário, depósitos congelados e inflação desenfreada que atingiu 91% ao ano.
Mahuad perdeu o poder apenas treze dias depois de anunciar a dólar. Seu vice -presidente, Gustavo Noboa, continuou implementando a política, apesar da forte oposição na época.
Vinte e cinco anos depois, a dólar desfruta de aproximadamente 90% de aprovação pública. Os analistas o creditam por restaurar a confiança no sistema bancário do Equador e fornecer estabilidade monetária através de terremotos, pandemia e agitação política.
Decreto de Noboa sobre Dollarização em meio a lutas econômicas
O momento do decreto de Noboa coincide com sua campanha pela reeleição. O presidente de 37 anos enfrenta desafios significativos, incluindo o aumento das taxas de criminalidade, escassez de energia e estagnação econômica.
Enquanto Noboa projeta 4% de crescimento econômico em 2025, o Fundo Monetário Internacional prevê apenas 1,2%. A economia do Equador contraiu 1,5% no terceiro trimestre de 2024, refletindo lutas em andamento.
O decreto aborda preocupações de longa data sobre o potencial abandono da dólar. Vários economistas observam que “os equatorianos espontaneamente em dólares antes que os políticos o formassem”, destacando a profunda integração da moeda na vida econômica diária.
Ao cimentar a dólar na Constituição, Noboa pretende fornecer certeza econômica durante tempos incertos. O Equador agora equilibra a estabilidade da dólar contra opções de política monetária limitadas, pois confronta as crises de segurança e busca um novo crescimento econômico.