O Real Brasileiro negociou perto de 5,54 por dólar americano em 14 de junho de 2025, com a taxa de câmbio refletindo um mercado em equilíbrio cauteloso.
Os dados mais recentes do banco central do Brasil e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas confirmam a resiliência do Real em meio a números comerciais robustos e dúvidas persistentes fiscais.
O Brasil registrou um superávit recorde de US $ 8,2 bilhões em março, com exportações de 5,5% ano a ano, lideradas por fortes remessas de produtos agrícolas e manufaturados.
As importações também aumentaram, refletindo a demanda doméstica constante. O PIB no primeiro trimestre cresceu 1,4%, logo abaixo da previsão de 1,5%, mas ainda marcou uma aceleração do final de 2024.
A taxa seleta é de 14,75%, a mais alta desde 2006, pois o banco central mantém uma postura restritiva para ancorar a inflação.
Analistas dos principais bancos agora projetam a taxa selera que pode exceder 15% em meados do ano, citando pressão de inflação persistente e uma moeda mais suave.
Apesar desses fundamentos positivos, as dúvidas sobre a capacidade do Brasil de financiar sua lacuna em conta corrente e gerenciar seu déficit fiscal continuam a limitar os ganhos do Real.
A proposta orçamentária de 2025 enfrenta obstáculos significativos, com projeções otimistas de receita dependentes de aprovação incerta no Congresso.
Os economistas alertam que, sem controle mais eficaz dos gastos públicos, os ajustes fiscais permanecerão ilusórios, mantendo a pressão sobre as taxas de moeda e juros.
O real brasileiro se mantém estável, pois o dólar não consegue quebrar a resistência, a incerteza fiscal permanece
Uma pesquisa recente sobre analistas de câmbio mostra que o consenso para que o Real permaneça estável no curto prazo, com uma previsão mediana de 5,70 por dólar até o final de junho.
A análise técnica do par USD/BRL nas últimas 24 horas revela um mercado que luta para encontrar direção.
O dólar tentou sair de sua tendência de queda, que começou no início de junho, mas encontrou resistência firme na média móvel de 50 períodos no gráfico de quatro horas.
Os vendedores rapidamente entraram nesse nível, interrompendo o avanço e desencadeando a pressão de venda renovada.
O MACD no gráfico de quatro horas permanece negativo, mas mostra sinais de achatamento, enquanto o RSI fica em 43,7, indicando momento neutro.
As bandas de Bollinger foram compactadas, sinalizando volatilidade reduzida e um mercado esperando por um catalisador.
No gráfico diário, o dólar continua a negociar abaixo das médias móveis de 50 e 200 dias, reforçando a tendência de baixa mais ampla.
O RSI está em 37,9, próximo ao território de superdividação, sugerindo que o real poderia ver um salto técnico se as condições externas mudarem.
O MACD permanece negativo, mas está achatado, indicando que o momento de baixa pode estar diminuindo.
Os níveis de resistência das chaves em 5,55 e 5,58 mantiveram firme, enquanto o apoio em 5,54 e 5,52 continua a conter a ação do preço.
A história por trás dos números é um de um mercado de moeda mantido sob controle por fortes fundamentos domésticos, mas sobrecarregado pela incerteza fiscal.
A estabilidade do Real reflete o desempenho comercial robusto do Brasil e as altas taxas de juros, mas a falta de progresso na reforma fiscal mantém os investidores cautelosos.
A falha do dólar falhou na média móvel de 50 períodos ressalta a importância da resistência técnica no ambiente atual.
Por enquanto, o mercado permanece RangeBound, com os participantes aguardando sinais mais claros da política fiscal e do sentimento de risco global antes de fazer o próximo passo.