Os dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e serviços do Brasil mostram que o superávit comercial do Brasil caiu para US $ 24,43 bilhões nos primeiros cinco meses de 2025, um declínio de 30,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Essa mudança sinaliza uma mudança notável na dinâmica comercial do país, pois as importações e as exportações atingem níveis recordes, mas com as importações superando as exportações. Em maio de 2025, o Brasil registrou um superávit comercial de US $ 7,24 bilhões.
Este número, ainda positivo, é o mais baixo para maio desde 2022 e fica aquém das expectativas do mercado. As exportações em maio totalizaram US $ 30,16 bilhões, quase inalteradas em um ano anterior.
No entanto, as importações subiram 4,7%, para US $ 22,92 bilhões, o segundo maior pode valorizar já registrado. O aumento das importações, especialmente de bens manufaturados e insumos industriais, reflete uma forte demanda doméstica e a necessidade de mais máquinas e tecnologias estrangeiras.
A queda no superávit comercial decorre de uma combinação de queda nos preços globais das principais commodities de exportação do Brasil – como soja e minério de ferro – e um raro déficit comercial em fevereiro, quando o país importou uma grande plataforma de petróleo.
Espera -se que as exportações de soja em maio atinjam 14,27 milhões de toneladas, um pouco abaixo do ano passado, mas ainda robustas. No entanto, os preços mais baixos da soja e do minério de ferro reduziram as receitas de exportação, mesmo à medida que os volumes de exportação permanecem altos.
Atualização comercial do Brasil
As exportações para a Argentina aumentaram 67,4% em maio, mas as importações da Argentina também aumentaram, levando a apenas um excedente modesto. O comércio com a China, o maior parceiro do Brasil, viu as exportações cair 0,5%, enquanto as importações saltaram 18,8%.
Os Estados Unidos continuam sendo um mercado importante, mas o Brasil registrou um pequeno déficit comercial com os EUA, pois as importações ultrapassaram o crescimento das exportações. O balanço comercial do Brasil permanece positivo, mas o superávit diminuindo ressalta a vulnerabilidade do país a mudanças nos preços globais das commodities.
Também reflete uma crescente dependência de bens importados. Essa tendência é importante porque um excedente menor pode enfraquecer a moeda do Brasil, aumentar a inflação e limitar o crescimento econômico.
Empresas e formuladores de políticas devem assistir a essas mudanças de perto, pois afetam empregos, investimentos e a posição do Brasil no comércio internacional.