Os dados da FGV mostram que a economia do Brasil perde força com o PIB de abril

No momento, você está visualizando Os dados da FGV mostram que a economia do Brasil perde força com o PIB de abril

A economia do Brasil diminuiu em abril de 2025, com o monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrando uma queda de 0,4% em comparação com março. Isso marca o primeiro declínio mensal após vários meses de crescimento constante.

A desaceleração ocorre quando o país enfrenta uma mistura de desafios domésticos e internacionais que estão começando a pesar em seu momento econômico.

Os dados oficiais da FGV e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, embora a economia tenha crescido 3,4% em 2024, o crescimento agora está perdendo velocidade. Para 2025, a maioria das previsões espera que o PIB suba entre 1,9% e 2,3%.

O Ministério das Finanças e o Banco Central revisaram suas projeções para baixo, citando taxas de juros mais altas, inflação persistente e demanda global mais fraca como as principais razões.

Em abril, a produção industrial do Brasil caiu 2,4%, revertendo os ganhos de março. O setor de serviços, que representa cerca de 70% da economia, também mostrou sinais de desaceleração, enquanto a contribuição da agricultura para o crescimento deve ser menor que no ano passado.

Os dados da FGV mostram que a economia do Brasil perde força com o declínio do PIB de abril. (Reprodução da Internet fotográfica)

Os gastos do consumidor, que apoiaram o crescimento no final de 2024, estão agora sob pressão, pois os custos de empréstimos permanecem altos e a inflação continua acima dos níveis -alvo.

Economia do Brasil em uma encruzilhada

A principal taxa de juros do Banco Central é de 14,75%, e a inflação deve terminar o ano em torno de 5,2%, acima da meta oficial. Na frente externa, o Brasil enfrenta novas tarifas dos Estados Unidos e uma demanda mais fraca da China.

Esses fatores dificultaram o crescimento das exportações brasileiras, especialmente na fabricação e agricultura. As importações, por outro lado, aumentaram, especialmente em bens e serviços de capital, o que aumenta a pressão do balanço comercial.

A política fiscal permanece rígida, pois o governo pretende controlar os gastos e estabilizar a dívida pública. Atualmente, os pagamentos de juros da dívida pública do Brasil representam cerca de 8% do PIB e representam quase 20% da receita total do governo, e a dívida pública continua aumentando.

A nova estrutura fiscal do governo, o Novo Arcabouço fiscal, concentra-se em revisões de gastos e corte de custos para manter a confiança dos investidores. Apesar desses ventos contrários, o mercado de trabalho do Brasil permanece relativamente forte.

O desemprego caiu para 6,6% em 2024, e a crescente renda ajudou a apoiar o consumo. No entanto, os analistas alertam que a manutenção desses ganhos será difícil se a economia continuar diminuindo.

A história real por trás dos números é que a economia do Brasil está em um ponto de virada. Após um período de forte crescimento, taxas de juros mais altas, inflação persistente e incertezas globais estão dificultando a planejamento de empresas e famílias.

Para investidores e líderes empresariais, a mensagem é clara: o mercado brasileiro permanece dinâmico, mas enfrenta riscos reais que exigem atenção cuidadosa.