Os sul -coreanos vão para pesquisas após crise da lei marcial

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Os sul -coreanos escolherão um novo presidente na terça -feira, após a tentativa fracassada da lei marcial do ano passado que desencadeou a pior crise constitucional do país em décadas.

A votação, anunciada após a remoção do ex -presidente Yoon Suk Yeol, chega a um momento de profunda divisão política e incerteza econômica.

Fontes oficiais confirmam que a declaração da lei marcial de Yoon em 3 de dezembro de 2024 suspendeu a Assembléia Nacional e a Free Press e ordenou prisões de oponentes políticos.

Em poucas horas, os legisladores derrubaram o decreto, e o Tribunal Constitucional confirmou o impeachment de Yoon em 4 de abril de 2025. Esse choque político deixou a Coréia do Sul com três presidentes em atuação em seis meses, corroendo a confiança pública e abalando a confiança dos investidores.

O índice de sentimentos do consumidor do Banco da Coréia caiu para 88,2 em dezembro, o mais baixo desde a pandemia, antes de se recuperar para 101,8 em maio, como o país se preparou para a nova liderança.

Os sul -coreanos vão para pesquisas após crise da lei marcial. (Reprodução da Internet fotográfica)

A crise expôs vulnerabilidades no sistema democrático da Coréia do Sul e intensificaram as divisões ideológicas de longa data. Os principais candidatos, Lee Jae-Myung, do Partido Democrata e Kim Moon-soo do Partido do Power Power, oferecem abordagens contrastantes.

Lee, ex -advogado trabalhista, lidera as pesquisas com promessas de expandir o investimento público, apoiar os trabalhadores e reduzir a influência de poderosos conglomerados.

Kim, um conservador pró-negócios, promete desregulamentação e impostos mais baixos a aumentar o crescimento. Ambos os candidatos concordam que o atual modelo econômico do país precisa de reforma, mas diferem em como equilibrar a equidade social e a liberdade de negócios.

A economia orientada à exportação da Coréia do Sul enfrenta novos riscos. Os Estados Unidos, um parceiro comercial importante, impuseram tarifas de 15% a 25% em bens coreanos em abril de 2025, visando semicondutores, veículos elétricos e equipamentos industriais.

Essas tarifas ameaçam a competitividade da Coréia do Sul e podem desencadear uma recessão leve se não for abordado. Os formuladores de políticas e os líderes empresariais já começaram a se adaptar, mas a incerteza permanece alta.

As tensões sociais também são profundas. A taxa de natalidade do país, em 0,75 em 2024, permanece a mais baixa do mundo, muito abaixo do nível de substituição de 2,1. A desigualdade de gênero persiste, com trabalhadores não regulares representando 38% dos assalariados no ano passado.

Essas questões, combinadas com divisões regionais e geracionais, tornam a unidade nacional um desafio premente. A política externa está em uma encruzilhada.

Lee pede uma abordagem equilibrada, fortalecendo os laços com os Estados Unidos e a China enquanto buscam diálogo com a Coréia do Norte. Kim favorece o alinhamento mais próximo com Washington e uma postura mais difícil sobre Pyongyang.

Ambos reconhecem a necessidade de redefinir a estratégia diplomática da Coréia do Sul após meses de paralisia política. Espera -se que a participação dos eleitores seja alta, com mais de um terço dos 44 milhões de eleitores elegíveis votando mais cedo.

O próximo presidente herdará uma sociedade fraturada, uma economia sob pressão e a tarefa de restaurar a confiança em casa e no exterior. A direção futura da Coréia do Sul depende desta eleição, pois o país busca estabilidade e renovado crescimento após meses de turbulência.