A Secretaria Nacional de Energia do Panamá confirmou os planos em 24 de maio de 2025, para avançar na exploração offshore de petróleo e gás em suas águas do Caribe, alavancando dados sísmicos legados e parcerias regionais para diversificar seu portfólio de energia.
O secretário de Energia Juan Manuel Urriola detalhou a estratégia no Fórum de Investimentos da Semana do Panamá Texas 2025, destacando as avaliações técnicas de uma pesquisa de 2017-2018, cobrindo 5.840 milhas lineares de dados sísmicos 2D.
A iniciativa alinha ao plano energético de 2018 do Panamá, que modernizou as estruturas legais para o desenvolvimento de hidrocarbonetos. Estudos geológicos por estruturas submarinas identificadas geofísicas de íons semelhantes a campos de gás de Kronos e Gorgon da Colômbia, perto da fronteira marítima compartilhada.
Uma delegação técnica visitou a Colômbia em maio de 2025 para colaborar com a ecopetrol estatal, analisando o potencial de reservatório transfronteiriço. O pivô de energia do Panamá segue o boom de petróleo offshore da Guiana, que estimulou o crescimento de 184% do PIB entre 2019 e 2023.
A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) suporta ainda o desenvolvimento da infraestrutura energética, aprovando um gasoduto interociado de 80 quilômetros (GLP) em abril de 2025.
O projeto de US $ 1,2 bilhão transportará o GLP, no Caribe para o Pacífico, para os mercados asiáticos, complementando a fábrica de 381 MW da AES Corporation em Colón, operacional desde 2019.
O secretário Urriola enfatizou a segurança energética como uma prioridade, observando os marcos da grade 100% renovável do Panamá no final de 2024, enquanto defendia o gás como uma força estabilizadora em meio a mercados globais voláteis.
O Panamá expande a infraestrutura de energia com o pipeline ACP
O projeto de oleoduto do ACP visa atender à crescente demanda de GLP, previsto para dobrar globalmente até 2035 e reduzir o congestionamento do canal para transportadoras de gás.
Os investimentos estratégicos do Panamá a posicionam como um centro regional de energia, com o AES Panamá anunciando potenciais exportações de gás natural para a Colômbia a partir de 2025.
Estruturas legais de acordo com a lei nº 8 de 1987 e zonas sem petróleo incentivam o investimento estrangeiro, atraindo empresas como Repsol e ExxonMobil. O governo não divulgou prazos de exploração, mas reafirmou a adesão às regulamentações ambientais durante a reavaliação dos dados.
Esse impulso reflete tendências mais amplas do Caribe, com o Suriname e a República Dominicana também expandindo a exploração de gás. O duplo foco do Panamá em renováveis e hidrocarbonetos visa equilibrar o crescimento econômico com a prontidão da infraestrutura, garantindo a adaptabilidade em um cenário de energia em mudança.