O maior grupo de hospitais privados do Brasil, Rede d’Or, revisou sua ambiciosa estratégia de expansão, optando por uma abordagem mais medida à medida que navega no mercado de saúde em evolução do Brasil.
De acordo com as divulgações financeiras e declarações públicas oficiais da Companhia, a Rede D’Or investirá R $ 7,5 bilhões (US $ 1.316.000.000) até 2028 para adicionar 5.400 novos leitos hospitalares, um aumento de 46% em relação à sua base atual.
No entanto, esse alvo representa um ajuste descendente de projeções anteriores, refletindo uma mudança em direção ao crescimento orgânico e à eficiência operacional.
O grupo opera 79 hospitais com 13.054 camas em março de 2025, um aumento de 11,1% em relação ao ano anterior. Destes, 10.148 camas estão atualmente em uso, com uma taxa de ocupação de 77%.
O plano de expansão da Rede D’Or inclui mais de 60 projetos, concentrando-se principalmente na expansão das unidades existentes, em vez de aquisições em larga escala.
Essa estratégia decorre da avaliação da empresa de que as compras de ativos se tornaram menos atraentes devido a termos comerciais desfavoráveis com seguradoras de saúde e altos custos operacionais no setor hospitalar do Brasil.
Escalando a saúde do Brasil com disciplina e inovação
A administração da Rede D’Or, liderada pelo CEO Paulo Moll, enfatiza a alocação de capital disciplinada. A empresa investe uma média de R $ 1,5 milhão (US $ 263.000) por cama, com metade desse valor agora direcionado à tecnologia médica avançada.
Isso reflete os custos crescentes da moderna infraestrutura de saúde. A força financeira do grupo, com R $ 17,5 bilhões (US $ 3.070.000.000) em reservas de caixa e melhores índices de alavancagem, suporta sua expansão sem estender demais o balanço.
As parcerias estratégicas desempenham um papel fundamental no modelo de crescimento de Rede d’Or. A recente joint venture com a Bradesco Segus verá ambos os grupos investirem R $ 1,1 bilhão (US $ 193.000.000) para abrir três novos hospitais em São Paulo e Rio de Janeiro. Tais colaborações ajudam a espalhar o risco e a gerenciar custos em um setor intensivo em capital.
O modelo de negócios da Rede D’Or depende da escala e da eficiência. O Hospital Rede D’Or médio tem 150 camas, com planos de atingir 200, em comparação com a média brasileira de apenas 60 camas.
As despesas administrativas permanecem baixas em 3%, muito abaixo dos 10% típicos para hospitais independentes. Essa eficiência é crítica em um mercado em que as margens são apertadas e a consolidação oferece vantagens competitivas.
A empresa também lidera a transparência, publicando indicadores de atendimento auditado para ajudar os pacientes a fazer escolhas informadas. Esse movimento define uma referência no Brasil, onde essas divulgações são raras.
A abordagem de Rede d’Or reflete uma resposta pragmática aos desafios de saúde do Brasil, equilibrando o crescimento com a prudência financeira e o foco na qualidade.