O Banco Central de Reserva do Peru reduziu sua taxa de juros de referência em 25 pontos base para 4,5% em 8 de maio de 2025, conforme confirmado pela declaração oficial do banco.
A decisão do Conselho seguiu quatro meses de responsabilidade de manter as taxas estáveis e ocorreu como uma resposta à montagem de riscos externos e a um aumento modesto na inflação doméstica. A medida surpreendeu muitos analistas, que esperavam que a taxa permanecesse inalterada.
A taxa de inflação anual do Peru atingiu 1,65% em abril de 2025, acima de 1,28% em março, mas ainda dentro da faixa -meta de 1 a 3% do Banco Central pelo décimo terceiro mês consecutivo.
Os aumentos de preços em alimentos, recreação e serviços impulsionaram a ascensão, refletindo pressões específicas do setor, em vez de superaquecimento de base ampla. Apesar disso, a inflação do Peru permanece a mais baixa entre as principais economias da América Latina, dando espaço aos formuladores de políticas para manobrar.
O governo dos EUA impôs uma tarifa de 10% a todas as importações de 5 de abril de 2025, afetando o Peru como seu segundo maior parceiro comercial. As tarifas têm como alvo os principais setores de exportação, incluindo agricultura e têxteis, e ameaçam produtos não tradicionais, como frutas e vegetais.
O cobre, uma grande exportação peruana, também enfrenta potenciais tarifas. O governo peruano respondeu enviando negociadores a Washington, com o objetivo de proteger seus interesses de exportação e manter os fluxos comerciais.
O crescimento econômico no Peru diminuiu, com a atividade aumentando 2,7% em relação ao ano anterior em fevereiro de 2025, abaixo das expectativas e antes das novas tarifas entrarem em vigor. O Ministério das Finanças revisou sua previsão de crescimento de 2025 para 3,5%.
O consumo privado permanece robusto, mas a incerteza das tensões comerciais e das próximas eleições obscurece as perspectivas. Apesar desses desafios, os fundamentos do Peru permanecem sólidos. A dívida pública é baixa, as reservas internacionais são fortes e o país mantém o acesso aos mercados de capitais.
O Sol peruano apreciou, apoiado pelos altos preços das exportações, embora alguma depreciação seja esperada à medida que as eleições se aproximam. O déficit fiscal deve cair de 3,5% para 2,4% do PIB em 2025.
O corte da taxa do Banco Central visa apoiar a atividade econômica sem alimentar a inflação. Os formuladores de políticas sinalizam uma abordagem orientada a dados, observando de perto a inflação e os desenvolvimentos externos.
A resposta do Peru reflete uma estratégia pragmática e mercantil, priorizando a estabilidade e a competitividade à medida que navega pelos ventos de cabeça globais e mudando a dinâmica comercial.