Sanções da UE, cidadãos, jornalistas para a desinformação da Rússia, ignora os tribunais: ameaça democrática?

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(Análise de Op-Ed) Em 20 de maio de 2025, a União Europeia impôs sanções sob a decisão do Conselho (CFSP) 2025/966, visando os nacionais alemães Thomas Röper e Alina Lipp e o jornalista turco Hüseyin Doğru, por suposta desinformação amarrada a ‘propaganda russa’.

Essas medidas sem precedentes – congelações de ativa, proibições de viagens (sujeitas à critério da Alemanha) e proibições de financiamento – marquem a primeira vez que a UE sancionou seus próprios cidadãos.

Promulgada pelo conselho não eleito, liderado pela alta representante Kaja Kallas, sem supervisão judicial, as sanções levantam alarmes sobre a responsabilidade democrática e a liberdade de expressão.

Essa análise critica as implicações das sanções, seu potencial como teste para medidas executivas mais amplas e a tensão entre segurança e liberdades civis.

(Alina Lipp)

Sanções executivas sem tribunais

Proposta por Kallas e adotada sob o artigo 29 do Tratado sobre a União Europeia, as sanções acusam Röper (Anti-Spiegel) e Lipp (Neues aus Russland) de espalhar informações erradas sobre a guerra da Rússia na Ucrânia e a cobertura de Doğru (Red.

A UE não fornece evidências específicas de declarações falsas, confiando em termos vagos como “manipulação de informações”, indefinidos na lei da UE. Ignorando os tribunais, o processo nega ao acusado uma defesa, violando o devido processo sob o artigo 47 da Carta da UE.

O Tribunal de Justiça Europeu (TJE) oferece recurso, mas o artigo 275 TFEU limita sua supervisão de política externa, com apenas 30% dos desafios tendo sucesso, de acordo com um estudo de 2023 College of Europe.

Os funcionários da UE justificam as sanções como uma resposta às ameaças híbridas. Uma declaração da comissão de 2025 argumentou: “Sanções atingem atores que minam a segurança da UE por meio de desinformação apoiada no exterior”.

Kallas citou 150 milhões de cidadãos da UE alcançados pela propaganda russa em 2024 (dados da EEAs). No entanto, o especialista jurídico Nico Krisch observa que, ausência de evidências transparentes, as sanções correm a desproporcionalidade, minando a legitimidade.

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Testando repressão mais ampla?

Tirar cidadãos e um jornalista fora da UE sugere um julgamento para avaliar a viabilidade de medidas executivas. Ao focar em Röper e Lipp, com sede na Rússia, e Doğru, um estrangeiro, a UE minimiza a reação doméstica.

X Postagens alertam: “Isso define um precedente para silenciar críticos”. A caixa de ferramentas híbrida da UE e a desinformação da estrutura estratégica da bússola 2022 como uma ameaça à segurança, permitindo uma ação rápida, enquanto uma resolução do Parlamento 2024 pediu a expansão de tais sanções. ”

Um consultor do conselho esclareceu em 2025, “as sanções se concentram em atores ligados ao exterior, não na dissidência doméstica”.

No entanto, critérios vagos e sem verificações judiciais aumentam os medos de aplicação mais ampla, o discurso potencialmente arrepiante.

Sanções da UE, cidadãos, jornalistas para a desinformação da Rússia, ignora os tribunais: ameaça democrática? – Alina Lipp, Sergei Lavrov, Thomas Röper

Normas democráticas sob ameaça

As sanções ameaçam a liberdade de expressão (Artigo 11, Carta da UE). As visões pró-russas de Röper e Lipp, embora controversas, não violam claramente leis como incitação.

A cobertura de protesto de Doğru, em meio a 2.500 proibições de protesto da Alemanha desde 2023 (Ministério Federal do Interior), é jornalístico, não criminoso.

Um relatório da Casa da Liberdade de 2024 alerta medidas anti-desinformação pode suprimir a mídia, contradizendo a Lei da Liberdade de Mídia da UE.

As proibições de viagem, se forem forçadas, poderiam violar o direito de retornar (artigo 13, Declaração Universal dos Direitos Humanos).

O poder não eleito do conselho destaca o déficit democrático da UE, com o Parlamento incapaz de revogar sanções.

Contra -argumentos Estresse Necessidade: 68% dos cidadãos da UE apóiam as sanções contra a Rússia, mas não contra cidadãos e jornalistas da UE (2025 Eurobarometer), e uma queda de 10% no apoio à Aid Ukrânia (2022-2024) mostra o impacto da desinformação.

Os deputados do Centrist argumentam que a ação executiva se adapta à velocidade das ameaças híbridas, embora os verdes defendam a supervisão judicial.

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Segurança vs. Liberdades

Os 505 incidentes de desinformação russa da UE em 2024 (Euvsdisinfo) justificam a ação, mas direcionar os cidadãos aumenta as preocupações.

Ao contrário das multas de “notícias falsas” da Hungria 2020, a UE oferece recurso de TJE, mas o escopo limitado enfraquece salvaguardas. Os debates da lei de “interferência estrangeira” da França refletem tensões semelhantes.

A visão da informação da OTAN como uma “arma” normaliza as medidas executivas, mas um relatório de 2024 Carnegie alerta que essas políticas podem invadir o discurso doméstico.

Conclusão

As sanções sem corte da UE contra cidadãos e jornalistas, enquanto combatem a desinformação, ameaçam as normas democráticas por meio de excesso de executivos. Como um teste em potencial, eles poderiam normalizar a repressão mais ampla se não contestada.

A revisão judicial, critérios claros e supervisão parlamentar são urgentes para equilibrar a segurança e as liberdades. A UE deve defender seus valores democráticos ou riscos corroer as liberdades que defende.

Sanções da UE, cidadãos, jornalistas para a desinformação da Rússia, ignora os tribunais: ameaça democrática?