As empresas estatais federais do Brasil registraram um déficit de R $ 2,73 bilhões (US $ 500 milhões) de janeiro a abril de 2025, o pior resultado do primeiro trimestre desde 2002, de acordo com dados do banco central.
Isso marca o terceiro aumento anual consecutivo sob a administração do presidente Lula, após déficits de R $ 1,84 bilhão em 2023 e R $ 1,68 bilhão em 2024.
Os números excluem Petrobras, Banco do Brasil e outras instituições financeiras, com foco em 19 empresas gerenciadas pelo governo federal.
O Serviço Postal Correios impulsionou quase metade do déficit federal de 2024, relatando R $ 3,18 bilhões em perdas devido a mudanças de política tributária e acordos legais.
Um programa do governo que tributa as compras on-line estrangeiro reduziu a receita internacional da Correios em R $ 2,2 bilhões, enquanto R $ 1,3 bilhão foi para pagamentos de dívidas ordenadas pelo tribunal.
O ministro da administração, Esther Dweck, defendeu os déficits como orientado ao investimento, afirmando que as empresas usaram reservas de caixa para projetos em vez de falhas operacionais.
Por exemplo, a DataPrev investiu R $ 96,9 milhões em sistemas de ID biométricos, apesar de mostrar um déficit contábil.
Sob Lula, as empresas estaduais do Brasil perdem US $ 2,73 bilhões no início de 2025, o pior resultado desde 2002
Os críticos destacam os riscos estruturais, pois o déficit combinado das empresas federais atingiu R $ 9,1 bilhões em novembro de 2024.
Gabriel Barros, da Arx Investimentos, alerta que isso reverte a estabilização fiscal anterior, observando que o orçamento de 2024 permitiu R $ 5 bilhões em isenções de déficits.
As preocupações com a transparência persistem-o boletim das empresas estatais federais não foi publicado há dois anos.
Credibilidade fiscal do Brasil testada como perspectiva de rebaixamentos de Moody em meio a um aumento de dívida
O governo enfrenta duplos desafios: um déficit de receita de US $ 81,5 bilhões levou a um congelamento de US $ 20,7 bilhões em maio de 2025, enquanto as propostas legislativas para expandir os papéis dos bancos estaduais atraíram o ceticismo do economista.
Marcos Mendes, da Insper, criticou um projeto de lei criando uma fundação CAIXA ECONOMICA como um movimento “terrível”, permitindo gastos fora do orçamento.
Esses déficits são importantes porque os contribuintes finalmente financiam lacunas por meio de possíveis cortes de serviços ou aumentos de impostos.
Com a dívida pública do Brasil perto de 80% do PIB, as perdas sustentadas poderiam deformar os recursos destinados a cuidados de saúde ou infraestrutura.
A tendência ressalta uma tensão mais ampla entre as metas de crescimento do setor público e a sustentabilidade fiscal-um ato de equilíbrio que molda a trajetória econômica do Brasil.