O Uruguai ocupa o 27º lugar entre os 79 países do Índice Global de Complexidade dos Negócios (GBCI) do TMF Group, mantendo seu status como o ambiente de negócios mais simples da América Latina.
O relatório destaca os contrastes regionais fortes: o México (3º), o Brasil (6º) e a Colômbia (5) dominam as 10 jurisdições mais complexas, enquanto o Chile (20) e a Costa Rica (58) se juntam ao Uruguai como outliers regionais.
A complexidade divide
O labirinto regulatório do México-incluindo configurações prolongadas de contas bancárias e obstáculos de visto-contrasta com suas vantagens estratégicas de pacto comercial T-MEC. A Colômbia enfrenta 19 reformas fiscais em sete anos, complicando a conformidade tributária, apesar do crescente talento de tecnologia em Bogotá.
As variações fiscais do Brasil em nível estadual frustram as empresas, embora seu setor de agronegócio permaneça lucrativo. Argentina (11º) e Peru (9º) lidam com controles de moeda e atrasos no licenciamento, respectivamente.
A estabilidade do Uruguai se destaca. Regulamentos previsíveis, custos constantes da cadeia de suprimentos e acordos comerciais da UE-Mercosur a posicionam como uma porta de entrada para investidores estrangeiros. A resiliência da infraestrutura e o estado de direito do Chile atraem multinacionais, enquanto a digitalização da Costa Rica simplifica as permissões e os arquivos de impostos.
Desafios subjacentes
A volatilidade política atormenta a região. A inflação de 211% da Argentina e os envios de impostos desatualizados da Bolívia impedem os investimentos de longo prazo. O crime organizado aumenta os custos de segurança no Equador e no Chile. As leis trabalhistas na Colômbia e no Brasil priorizam os direitos dos trabalhadores, mas a flexibilidade lenta de contratação.
Mudanças estratégicas
As tendências de Nearshoring beneficiam o México, alavancando a proximidade dos EUA. O setor de energia renovável do Uruguai (98% de eletricidade limpa) se alinha com as demandas de ESG, atraindo US $ 1,2 bilhão em 2024 investimentos solares. O comércio de US $ 518 bilhões da China com a América Latina em 2024 combustíveis demanda por exportações de lítio e agricultura.
Projeções econômicas
O Banco Mundial prevê um crescimento regional de 2,5% em 2025, impulsionado pela recuperação pós-crise da Argentina e taxas de juros estáveis. O PIB do Uruguai deve crescer 2,7%, apoiado pela agricultura e inovação tecnológica. O crescimento do Brasil diminui para 2,2% em meio a políticas monetárias mais rígidas.