Violeta Barrios de Chamorro, que morreu aos 95 anos na Costa Rica em 14 de junho de 2025, liderou a Nicarágua através de uma transição crítica do conflito civil para a paz frágil.
Sua família confirmou sua morte após anos de doença e exílio, um resultado direto de perseguição política em andamento pelo governo de Daniel Ortega. A presidência de Chamorro de 1990 a 1997 seguiu uma década de guerra entre o governo de Sandinista e os rebeldes contra contra os EUA.
Ela se tornou a primeira mulher a liderar uma nação da América Central, vencendo a eleição de 1990 como candidata da unidade depois que seu marido, uma jornalista de destaque, foi assassinada por se opor à ditadura de Somoza.
Chamorro aboliu o rascunho, reduziu os militares e promoveu a anistia por crimes políticos. Ela trabalhou para desmobilizar grupos armados e restaurar liberdades básicas, incluindo a imprensa.
Seu governo enfrentou críticas de ambos os lados, mas conseguiu supervisionar uma entrega pacífica de poder, uma raridade na história do governo do homem forte da Nicarágua.
O governo de Ortega, que retornou ao poder em 2007, tem como alvo a família Chamorro e muitos outros. As autoridades prenderam e exportaram seus filhos, confiscaram os bens familiares e fecharam o jornal da família, La Prensa.
As instituições da Nicarágua enfraqueceram, com observadores internacionais observando graves declínios nos direitos civis, independência judicial e oportunidade econômica.
O país continua sendo o mais pobre da América Central, fortemente dependente da agricultura, fabricação e serviços. A história de Chamorro destaca os riscos em andamento enfrentados por aqueles desafiadores poder entrincheirados na Nicarágua.
Sua vida e morte revelam os altos custos pessoais e econômicos do conflito político. Eles também enfatizam as dificuldades de construir mercados estáveis e abertos em uma nação marcada por décadas de revolta.