A Assembléia Nacional do Equador aprovou uma emenda constitucional em 3 de junho de 2025, para permitir bases militares estrangeiras, marcando uma reversão de políticas após uma proibição de 2008.
A medida passou com 82 votos e agora avança para um referendo nacional, exigindo aprovação da maioria nos termos do artigo 442 da Constituição do Equador.
O presidente Daniel Noboa propôs a reforma para abordar uma crise de segurança alimentada por cartéis transnacionais de drogas.
Os homicídios atingiram 47,2 por 100.000 residentes em 2023, caindo para 38,8 em 2024, mas subindo novamente para 3.087 mortes violentas no primeiro trimestre de 2025-um aumento de 58% ano a ano.
O governo atribui esse aumento a gangues como Los Choneros e Los Lobos, que controlam rotas de cocaína que ligam a Colômbia, o Peru e os mercados globais.
A reforma revoga o artigo 5, que impediu as instalações militares estrangeiras desde 2008 sob o ex -presidente Rafael Correa.
De 1999 a 2009, os EUA operaram uma base de contra-narcóticos em Manta, durante a qual as crises de cocaína aumentaram 500%.
Votos do Equador para permitir bases militares estrangeiras em meio à violência recorde
Noboa argumenta que a cooperação estrangeira renovada pode replicar esse sucesso por meio de transferências de compartilhamento de inteligência e tecnologia.
Os opositores, incluindo o Partido da Revolução Citizen de Correa, alertam a mudança corre o risco de soberania e emaranhadas Equador em conflitos estrangeiros.
O processo do referendo permite que os eleitores decidam dentro de 45 dias após a revisão constitucional.
Se aprovada, o Equador poderá se hospedar ou aliadas pela primeira vez em 16 anos, reformulando a dinâmica de segurança regional.